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Internacional
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 19:46

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Um grupo de manifestantes agrediu hoje com ovos e farinha a ministra de Desenvolvimento Social da Argentina, Alicia Kirchner, quando ela saía de um restaurante em Santa Cruz, em mais um episódio da crise na província.

O fato aconteceu quando a irmã do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, saía de um restaurante situado na cidade de Río Gallegos, na Patagônia, junto a um grupo de colaboradores, informou hoje a agência estatal "Télam".

Os manifestantes, aparentemente membros de sindicatos locais, insultaram a ministra, gritaram slogans contra o Governo e jogaram farinha e ovos. Eles também puxaram o cabelo de Alicia Kirchner, segundo imagens divulgadas pela mídia local. Ela foi defendida por seus assessores, que a levaram até uma caminhonete estacionada a poucos metros do restaurante.

O chefe de Gabinete da Presidência, Alberto Fernández, repudiou a agressão e acusou os autores de serem "grupos extremistas".

"Foram grupos ultra-extremistas dos sindicatos docentes e municipais. É uma prova evidente de que em Santa Cruz há interesses políticos", disse Fernández. "Obviamente que repudiamos este fato. É uma enormidade o que fizeram com esta mulher".

Para Fernández, o ato revela que não há uma reivindicação sindical em jogo, mas uma "vocação de setores que o povo não elege e, por meio da violência, pretendem gerar uma situação crítica na província" de Santa Cruz.

Há dias, a província natal do presidente da Argentina atravessa uma onda de protestos sociais, lideradas por professores e funcionários públicos que exigem reajustes salariais.

Nesta sexta-feira, o parlamentar Daniel Peralta assumiu como novo governador de Santa Cruz, em substituição a Carlos Sancho, que renunciou na quinta-feira passada. Na véspera, choques entre policiais e grevistas deixaram 15 feridos e agravaram os protestos.

Sancho tinha sido vice-governador do distrito até 15 de março de 2006, quando assumiu em substituição a Sergio Acevedo, que por sua vez renunciara em meio a outra crise, suscitada pelo assassinato de um policial durante o ataque de um grupo de petroleiros a uma delegacia.

Peralta assegurou hoje que a prioridade é resolver o conflito com os professores e reiterou a importância de "pacificar" a província.

Pouco antes da posse de Peralta, os sindicatos de professores e de funcionários municipais de Río Gallegos fizeram uma grande passeata saindo da sede do Governo provincial para reivindicar um aumento salarial e a demissão de "todos os membros do gabinete" antecessor.

Os manifestantes caminharam pelas ruas de Río Gallegos, a 2.500 quilômetros ao sul de Buenos Aires, com cartazes pregando "contra a korrupção" (com a letra K em alusão a Kirchner).

As tensões sociais em Santa Cruz se recrudesceram faltando cinco meses para as eleições presidenciais de outubro. Néstor Kirchner foi governador da província durante 12 anos, até assumir a presidência, em maio de 2003.




Fonte: EFE

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