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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 19:21

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O governo colombiano promoverá uma libertação em massa de guerrilheiros das Farc, não importando a resposta que este grupo dê à iniciativa para soltar 58 reféns, afirmou neste sábado o alto comissário para a paz, Luiz Carlos Restrepo.

"A decisão por parte do governo está tomada. Vamos avançar nesse sentido, apesar de estarmos esperando, é claro, que haja esse gesto das Farc também", disse Restrepo sobre a possibilidade de que os rebeldes recusem a proposta.

"São necessárias medidas audazes. Para avançar nestes caminhos de paz, o país requer que o governo faça apostas importantes e generosas", declarou à Rádio Caracol.

Na sexta-feira, o comissário anunciou ter recebido uma ordem do presidente Alvaro Uribe para que busque um mecanismo legal que permita libertar um número indeterminado de guerrilheiros, visando à troca de 58 pessoas mantidas em cativeiro, entre elas a política franco-colombiana Ingrid Betancourt.

"Com isso, queremos desfazer o acordo humanitário (a troca) e propiciar um gesto recíproco por parte das Farc, que permita o retorno rápido dos seqüestrados", explicou neste sábado.

Restrepo disse ainda que, para isso, buscará um "mecanismo muito rápido" com as demais autoridades. "Acredito que vamos encontrá-lo com a compreensão da opinião pública nacional e internacional", completou.

O conselheiro sustentou que "a princípio, não puseram limites", quanto ao perfil e número de insurgentes que sairiam da prisão.

"Queremos que se perceba que nossa vontade é ampla e nossa decisão, plena. Não limitamos o número. Podem ser 100, 200 ou 300, o importante é que existe vontade e a decisão foi tomada", insistiu.

Restrepo enfatizou que Uribe tem certeza de que a iniciativa "vai ajudar" as Farc a libertar os reféns, entre os quais se encontram três americanos, políticos, militares e policiais.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) exigem a troca dos seqüestrados por 500 rebeldes presos, dois deles nos Estados Unidos. Para tanto, exigem a desmilitarização de dois povoados do sudoeste do país, o que o governo rejeita.




Fonte: AFP

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