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Sábado - 12 de Maio de 2007 às 18:47

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candidata derrotada à presidência da França, Ségolène Royal, atribuiu o resultado nas eleições às divisões de sua legenda, o Partido Socialista, e conclamou os colegas a escolherem logo um candidato para 2012, para que isso não se repita.

O apelo, feito neste sábado (12), foi recebido com frieza por alguns veteranos esquerdistas que acreditam que Royal quer assumir o controle do partido, aproveitando o destaque que obteve durante a campanha, que resultou na vitória de Nicolas Sarkozy. Foi o terceiro fracasso consecutivo dos socialistas em eleições presidenciais.

A velha-guarda do partido espera que seus seguidores recuperem um pouco de ânimo para evitar uma vitória acachapante de Sarkozy na eleição parlamentar de junho.

Neste sábado, em uma reunião da cúpula socialista, Royal disse que, enquanto Sarkozy desfrutou de uma inabalável lealdade de seus aliados de direita, ela se sentiu constantemente ameaçada por rachas, e chegou a falar em "traição".

"Toda manhã eu abria os jornais e me perguntava qual socialista iria me atacar pelas coisas que eu estava dizendo."

Royal, uma líder regional do oeste da França, foi indicada candidata em novembro, depois de uma eleição primária que abalou a unidade partidária. Já Sarkozy traçou seu caminho à Presidência durante anos, e sua campanha foi muito mais astuta.

Royal disse que o novo candidato socialista deve ser selecionado logo após a eleição parlamentar de junho, "para que ele ou ela não fique esgotado por rixas e disputas internas".

Ela deixou claro ao longo da última semana que gostaria de liderar o partido, algo que seus muitos rivais na cúpula partidária rejeitaram.

"Esta questão realmente não parece me interessar em nada", disse o ex-ministro das Finanças Dominique Strauss-Khan, para quem o partido está preso a dogmas de esquerda antiquados.

"A questão dos candidatos presidenciais está encerrada por enquanto", disse ele a jornalistas ao deixar a reunião.

O líder partidário François Hollande, que também é o pai dos quatro filhos de Royal, propôs que as discussões sobre a eleição presidencial sejam adiadas para depois de junho, mas sinalizou que na sua opinião os eleitores rejeitaram a esquerda por causa da sua plataforma. "O programa não pareceu coerente o bastante", afirmou.





Fonte: Reuters

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