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Polícia Brasil
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 15:32
Por: Letícia Nobre

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A Policia Federal de Goiás prendeu, na manhã de hoje, 11 pessoas acusadas de fraudar as provas do Exame da Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO). Dentre os detidos, estão cinco funcionário da instituição, incluindo o presidente da comissão do exame, Eládio Augusto Amorim Mesquita, e o vice, Pedro Paulo Guerra de Medeiros, além do tesoureiro, João Bezerra Cavalcante. Eles cobrariam R$ 10 mil por candidato para fraudar as provas.

A Operação Passando a Limpo teve início ainda na madrugada para cumprir 12 mandatos de prisão e 26 de busca e apreensão. As investigações iniciaram há um ano. Segundo o delegado resposável pelo caso, Ires João de Sousa, pelo menos 36 candidatos teriam se beneficiado na fraude em dezembro de 2006. "Eles teriam as licenças cassadas", disse o delegado.

"Temos certeza de que 36 passaram mediante a fraude e outros 80 estão sendo investigados por alguma participação no processo criminoso", esclareceu. A quadrilha agia de duas maneiras. Na primeira fase, o candidato preenchia metade do cartão de resposta, e os funcionários completavam o restante com as respostas certas; na segunda fase, os candidatos recebiam as provas antecipadamente, ou as provas eram trocadas pelos funcionários.

A quadrilha garantiria ao candidato a aprovação no Exame da Ordem mediante o pagamento, em média, de R$ 10 mil. Parte do valor, cerca de R$ 6 mil, seria dividido entre os servidores da instituição responsáveis pela execução da fraude. Estima-se que a quadrilha arrecadou R$ 3 milhões em um ano.

"Vamos agir com firmeza, esperar o resultado das investigações para determinar o que será feito dentro da Ordem", afirmou o presidente da OAB-GO, Miguel Cançado. "Eu determinei que seja suspensa a prova para que sejam feitas todas as apurações, não há data prevista para nova prova ainda", disse o advogado.

Os detidos estão na delegacia da PF em Goiânia e responderão por corrupção ativa e passiva, crimes contra a administração pública, falsificação de documento público, destruição de documento público, inserção de dados falsos em sistema deinformação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Os candidatos que se beneficiaram também responderão a processos.





Fonte: Terra

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