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2 anos após ato, licenças não saem; Chineses ameaçam deixar projeto
Os empresários chineses, que pretendem investir R$ 10 bilhões na implantação da Ferronorte, que vai de Cuiabá à Santarém (PA), pediram celeridade no processo e chegam a ameaçar aplicar o recurso em outro Estado. O secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, defende, contudo, que eles só estão “estranhando” a demora devido ao processo burocrático existente.
Os chineses estiveram pela primeira vez no Estado há 2 anos e, até agora, nem o estudo para fazer o processo de concessão da ferrovia foi iniciado. Vuolo revela que, no país, existem outros processos para implantar ferrovias mais avançados que em Mato Grosso, o que despertou a estranheza dos chineses. Por isso, cogitaram desistir do Estado para investir em outras opções. O secretário pondera, contudo, que se os chineses desistissem da empreitada não estaria tudo perdido, pois, com os rumores de recuo, outros grupos da China, Rússia, Espanha e Coréia do Sul se interessaram.
Segundo Vuolo, quem emperrou a documentação foi a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que, até agora, não liberou a licença necessária para começarem os estudos de viabilidade técnica, mas ressalta que eles devem ser realizados pela Universidade de Santa Catarina (UFSC), com início ainda neste ano. A instituição terá 1 ano para desenvolvê-lo.
Depois disso, será feita licitação para elaboração dos projetos básico e executivo. A empresa, a partir daí, terá cinco anos para implantar a ferrovia. No fim das contas, caso não aconteça mais imprevistos, a Ferronorte vai demorar mais 6 anos para ser concluída, sem contar os outros 2 que já passaram. Vuolo, por sua vez, defende o processo, dizendo ser necessário para o andamento. “Em um ano muita coisa avançou. Ferrovias não são como rodovias. Precisamos discutir a viabilidade do modelo de concessão”, explica.
Fonte:
RD News
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