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Internacional
Sexta - 11 de Maio de 2007 às 20:19

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Autoridades investigam ameaças de atentados contra americanos na Alemanha Órgãos de segurança dos Estados Unidos e da Alemanha estão investigando de forma conjunta uma suposta rede de terroristas islâmicos que teria perpetrado atentados contra militares ou turistas americanos em território alemão, informaram hoje autoridades de Washington.

No entanto, as mesmas fontes asseguraram que "não há indícios" de que a ameaça é "iminente".

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado americano, Sean McCormack, a ameaça foi conhecida no dia 20 de abril, quando a embaixada americana em Berlim emitiu uma advertência em que pedia "cautela e vigilância extra".

No comunicado, a embaixada recomendou que as instalações diplomáticas dos EUA em solo alemão aumentassem sua segurança.

A sugestão teve rápida influência nas bases dos EUA na Alemanha, que também fortaleceram sua proteção. Desde então, segundo informações da embaixada de Washington em Berlim, não aconteceram mudanças.

De acordo com os funcionários, a advertência foi emitida ante a preocupação sobre um possível ataque contra estas bases ou contra turistas americanos que visitem a Alemanha.

A possível rede, segundo as fontes, usaria armas leves ou bombas para perpetrar os atentados. O alerta não especifica nem o momento nem o local do ataque.

Apesar de a advertência já ter sido divulgada pelo Departamento de Estado americano, várias redes de TV dos EUA disseram hoje que o perigo era real.

Funcionários responsáveis pela segurança disseram à emissora "ABC News" que "a informação por trás da ameaça é muito real".

Por este motivo, o efetivo de policiais que patrulham as rotas entre Alemanha e Estados Unidos sofreu um aumento como medida de segurança.

Segundo a rede de TV, a sede do comando americano na Europa, Patch Barracks, nas proximidades de Stuttgart, no sul do país, seria um dos locais mais prováveis para o ataque.

De acordo com as fontes da emissora, nos últimos meses, supostos terroristas estiveram vigiando estas instalações.

O ministro do Interior alemão, Wolfgang Schäuble, declarou à "ABC News" que "o nível de perigo é alto".

"Fizemos parte da ameaça global por parte do terrorismo islâmico", declarou.

O ex-responsável pela política antiterrorista da Casa Branca Richard Clarke, forte crítico da Administração do presidente George W. Bush, afirmou à emissora que o atentado "estaria planejado para deixar um grande número de vítimas entre alemães e americanos".

O alerta foi divulgado a poucas semanas da realização, na localidade de Heiligendamm (leste da Alemanha), da cúpula do G8 (os sete países mais desenvolvidos do mundo e a Rússia), prevista para acontecer entre os dias 6 e 8 de junho.

O presidente dos EUA, George W. Bush, confirmou sua presença nesta cúpula, dentro de um tour pela Europa que inclui destinos como Roma, Gdansk (Polônia) e Tirana (Albânia).

Schäuble ordenou o aumento do controle nas fronteiras próximas ao local da reunião, que também contará com a participação de Reino Unido, França, Itália, Canadá, Japão e a própria Alemanha.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Gordon Johndroe, afirmou: "Os EUA colaboram com as autoridades alemãs, como fazemos com nossos aliados no mundo todo, para resistirem a qualquer potencial atividade terrorista".

Os autores dos atentados de 11 de setembro de 2001 planejaram suas operações em Hamburgo (Alemanha) e a suspeita é de que existam entre 300 e 500 supostos membros da rede terrorista Al Qaeda em solo alemão.

Vários grupos islâmicos radicais ameaçaram realizar atentados caso a Alemanha não retire os soldados que mantém no Afeganistão como parte das forças da Otan.




Fonte: EFE

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