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Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Sexta - 11 de Maio de 2007 às 14:15

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O YouTube concordou em bloquear o acesso a quatro vídeos que o governo da Tailândia afirma que insultam o reverenciado rei do país, no último episódio de uma batalha que tem atiçado o debate sobre a liberdade de expressão na Internet.

Em carta enviada ao ministro das Comunicações, Sitthichai Pookaiyaudom, o Google, controlador do YouTube, afirma que dois outros vídeos que causaram revolta no governo militar tailandês continuarão no ar, pois não violam a legislação do país. "Eles parecem ter comentários políticos que criticam o governo e a conduta de estrangeiros", informa a carta. "Uma vez que têm natureza política e não têm intenção de insultar Sua Majestade, nós não vemos base para o bloqueio desses vídeos", afirmou a empresa.

Insultar a realeza é um crime sério na Tailândia e os generais que afastaram o premiê Thaksin Shinawatra em um golpe militar em setembro têm usado as estritas leis reais para combater críticos ao atual regime.

Sitthichai, que ordenou o bloqueio completo ao acesso dos internautas do país ao YouTube no mês passado, quando vídeos que zombavam do rei Bhumibol Adulyadej apareceram no site pela primeira vez, entregou cópias da carta do Google a jornalistas, nesta sexta-feira.

A carta estava impressa em papel com timbre do Google e assinada pelo defensor sênior da empresa, Kent Walker. Representantes do Google não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

A carta afirma que a Tailândia enviou aos diretores do YouTube uma lista de 12 vídeos considerados ofensivos. Seis deles foram removidos pelos criadores ou porque violaram os "termos do serviço" do YouTube.

Sitthichai, que ameaçou nesta semana processar o Google, disse que não quer mais tomar uma ação legal contra a empresa, mas não informou se a remoção de parte do material pedido é suficiente para desbloquear o acesso ao site na Tailândia.

"A polícia tailandesa não tomará qualquer medida contra qualquer empresa. Em vez disso, as autoridades vão buscar maneiras de encontrar as pessoas que enviaram os vídeos para o site", disse o ministro em entrevista coletiva.

O primeiro vídeo contra o rei do país foi publicado dias depois que um suíço de 57 anos foi sentenciado a 10 anos de prisão por pichar imagens do monarca em seu aniversário, em dezembro, numa rara condenação de um estrangeiro. Bhumibol, o monarca há mais tempo no poder no mundo, mais de 60 anos, concedeu perdão ao suíço e o homem foi deportado do país.





Fonte: Reuters

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