Jovens divergem sobre doutrina da Igreja Católica
"Acho meio hipócrita a posição quanto ao homossexualismo. A Igreja tenta abafar uma coisa que existe. Sei que é um assunto muito delicado, mas se elas querem se unir, é preciso respeitar as pessoas", disse Gabriela de Jesus Nunes, 22 anos, de Carapicuíba, cidade da Grande São Paulo. Ela também defendeu o uso de preservativos, "sem incentivar a promiscuidade", e da pesquisa com células-tronco, "sem matar fetos".
Do lado de fora do estádio e coberta com uma bandeira do movimento Pastoral da Juventude, a jovem pediu o engajamento da Igreja Católica na vida política do país: "A Igreja tem de se mobilizar e se colocar diante do Estado. É preciso que ela não se feche no dogma, mas em defesa do povo. Eu espero que o papa possa visualizar a realidade da nossa juventude, que é muito diferente daquela que ele conhece na Europa".
Já o estudante Maicow Thyrone, 18 anos, de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, mostrou-se favorável a quase todas as posturas pregadas pela Igreja Católica. "Se o homem está preparado para fazer um filho, ele tem de estar preparado para cuidar de um", disse, contra a legalização do aborto. E quanto ao uso de embriões humanos para pesquisas científicas, comentou: "O homem tem de parar de tentar ser Deus. Isso vai acabar gerando brigas no mundo".
Ele só não condenou o uso de preservativos para relações sexuais: "A camisinha é um modo de prevenção para o jovem. Sem ela, vários jovens morreriam de aids. Mas a Igreja Católica está certa em não querer esse uso, porque eles querem o sexo depois do casamento. E hoje em dia os jovens não estão respeitando o casamento, estão fazendo tudo muito rápido".
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