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Copa 2014
Sábado - 13 de Abril de 2013 às 10:38

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O ministro do esporte Aldo Rebelo se esquivou de comentar o levantamento feito pelo Globoesporte.com, que mostra que os gastos com os estádios da Copa do Mundo de 2014 já estão 30% maiores do que na previsão de 2010, quando foi assinada a Matriz de Responsabilidades, documento em que estavam detalhados os projetos prioritários de infraestrutura para a competição. Nas estimativas de abril, passadas pelas próprias cidades-sede, o valor de R$ 5,4 bilhões, estipulado há três anos, já está, na realidade, em R$ 7,1 bilhões.



Questionado sobre a inflação, Rebelo preferiu explicar que o governo federal liberou o valor de R$ 400 milhões para cada estádio por meio de empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e disse que os estádios públicos, que não pertencem a clubes, estão sendo fiscalizados pelo Tribunal de Contas de cada estado.



- Os gastos do governo são na forma de empréstimos. O dinheiro foi disponibilizado com todas as garantias. Alguns já tomaram seus empréstimos, outros não, como é o caso de Brasília. Alguns pegaram um pouco menos do que a metade, caso do Atlético-PR, outros um pouco mais, como o Internacional. Agora temos o Corinthians, que quer usar a totalidade dos 400 milhões. O banco tem a tarefa de obter todas as garantias, e os estádios que são dos estados estão sendo fiscalizados pelos órgãos devidos.


Dos 12 palcos selecionados para a Copa do Mundo, apenas três são particulares: a futura Arena Corinthians, a Arena da Baixada, que pertence ao Atlético-PR, e o Beira-Rio, do Internacional. Também somente três já foram entregues e utilizados: o Castelão, em Fortaleza, o Mineirão, em Belo Horizonte, e, no último domingo, a Arena Fonte Nova, em Salvador.


O ministro voltou a defender o estádio de Manaus, que sofre críticas pelo alto valor e indagações sobre sua utilização posterior, já que não há clubes do Amazonas nas principais divisões do futebol brasileiro. A Arena Amazônia está estipulada em R$ 583,4 milhões, 13,2% mais cara do que a previsão inicial, de 2010. Na Matriz de Responsabilidades, ela também seria finalizada em dezembro de 2012, mas o prazo foi adiado em um ano, e não há certeza de que será cumprido.



Com capacidade para 44 mil pessoas, o estádio tem um custo de R$ 13,2 mil por pessoa, o segundo maior da Copa do Mundo. Rebelo disse que é inconcebível a realização do torneio no Brasil sem que o estado seja uma das sedes, e citou o centenário do principal clássico local, entre Rio Negro e Nacional.



- Não concebo uma Copa no Brasil, que não tenha sede no Amazonas, que compreende 60% do território. Não concordo quando dizem que não há tradição. Pode não haver a grandeza de clubes como os de São Paulo, Rio de Janeiro, mas o clássico entre Rio Negro e Nacional vai completar cem anos. São clubes centenários, e sempre houve estádios grandes no local. O Vivaldo Lima (demolido para dar lugar à Arena) recebia jogos da seleção brasileira - argumentou.






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