Brasil aceita vender refinarias à Bolívia por US$ 112 mi
O acordo, confirmado pelo presidente boliviano Evo Morales em La Paz, determina que a Petrobras venderá as duas unidades de refino por US$ 112 milhões.
Parte destes recursos, de acordo com diplomatas brasileiros, serão pagos em gás pelo governo boliviano ao Brasil.
Este valor de US$ 112 milhões é, no mínimo, US$ 50 milhões a menos do que a Petrobras pedia inicialmente pelas duas refinarias – localizadas em Santa Cruz de la Sierra e em Cochabamba.
O valor é, ao mesmo tempo, superior ao que Morales oferecia – em torno dos US$ 60 milhões.
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O anúncio sobre o acordo foi feito primeiro no Brasil, pelo Ministério das Minas e Energia, e depois confirmado em La Paz pelo presidente Morales.
"A estatal YPFB vai fazer investimentos para melhorar estas duas refinarias e garantir o abastecimento no mercado interno e exportar os excedentes", disse Morales, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI).
As discussões foram aceleradas nas últimas horas porque venceu ao meio-dia (horário de Brasília, uma hora a mais que no território boliviano) o prazo dado pela Petrobras ao governo Morales para se decidir pela compra das refinarias.
O acordo ocorreu ao fim de uma semana tensa na relação entre os dois países, depois de as autoridades brasileiras terem sido surpreendidas com um decreto do presidente boliviano, assinado no último domingo, que desvaloriza os rendimentos das refinarias e transfere para a estatal YPFB o monopólio das exportações de produtos de refino.
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