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Nacional
Sexta - 11 de Maio de 2007 às 05:51
Por: RODRIGO VARGAS

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A CPI do Apagão Aéreo aprovou ontem a convocação para depoimento dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos do jato executivo Legacy 600 que, em 30 de setembro, se chocou em pleno ar com um Boeing 737-800 da Gol.

Lepore e Paladino foram os únicos indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apurou as causas do acidente, no qual morreram 154 pessoas. A conduta de ambos teria sido negligente e, ainda que de forma involuntária, determinou a ocorrência da tragédia.

O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT/RS), reconheceu que tomar o depoimento dos pilotos não será tarefa fácil. “Temos convênios internacionais, regras para esse tipo de situação, que certamente serão usadas pelas autoridades competentes para trazer os pilotos até a CPI”, disse, à Agência Brasil.

Se nenhum destes instrumentos se mostrar eficiente, adiantou, haverá a possibilidade do envio de carta rogatória – os pilotos seriam ouvidos por autoridades americanas – ou do envio de uma comissão aos Estados Unidos.

PRIMEIROS – Já na próxima semana, a CPI deverá ouvir o delegado Renato Sayão, que chefiou o inquérito sobre o acidente (ver quadro com a lista completa dos primeiros depoentes). De acordo com o relator, a intenção é obter informações preliminares sobre as investigações.

“Talvez dali nós possamos avançar para outras investigações que se façam necessárias para entender todo o processo de crise vivenciada no sistema de tráfego aéreo do país”, apontou o parlamentar.

Também deverão depor nos próximos dias o presidente da comissão de investigação do acidente, coronel-aviador Rufino Antônio da Silva Ferreira, e o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNIPA), brigadeiro Jorge Kersul Filho.

Foi aprovada, ainda, a realização de visitas aos quatro centros integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas) e a tomada de depoimentos do presidente do Sindicato dos Controladores de Vôo, Jorge Botelho.

No inquérito concluído pela PF, há indicações de falhas e “descumprimento de normas aplicáveis ao Controle de Espaço Aéreo” por parte dos controladores de vôo no dia no acidente. A decisão de indiciá-los caberá, porém, à Aeronáutica ou ao Ministério Público Federal Militar.

Ontem, em entrevista ao jornal ”O Estado de S. Paulo”, o procurador militar Giovanni Rattacaso disse que há elementos para denunciar os controladores. “[Eles] tinham de ter tomado providências”. (Com Agências)




Fonte: Diário de Cuiabá

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