Governo rebate acusações sobre mortes em ataques do PCC

SÃO PAULO - O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, contrapôs nesta quinta-feira, 10, os dados do Ministério Público Estadual (MPE) de que dos 243 assassinatos com ligação com os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) em maio do ano passado, só 7 tiveram autoria identificada e denúncia oferecida à Justiça, 6 referentes a policiais mortos.

“Não existe nenhum inquérito policial referente aos acontecimentos de maio de 2006 que não tenha sido submetidos ao crivo do Ministério Público. A lei manda que 30 dias após a intauração do inquérito, ele seja remetido ao Fórum e aberto à vista do MP. Então, todos os casos que estão sendo investigados estão sob o crivo do MP. Agora, a convicção sobre oferecer denúncias, pedir diligências ou pedir arquivamento cabe somente ao MP”, disse.

Dados da SSP mostram que há 14 inquéritos relatados à Justiça com autoria identificada, 6 deles vinculados ao PCC, além de 54 inquéritos relatados sem autoria conhecida.

O primeiro aniversário da onda de atentados em São Paulo foi lembrado por um ato na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp). "Queremos reforçar o pedido de prosseguimento das investigações”, disse Desiré Callegari, presidente do Cremesp. “Alguma coisa está errada no trabalho policial”, comentou o ouvidor da Polícia Antônio Funari Filho.