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Nacional
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 21:41

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SÃO PAULO - O delegado Aldo Galiano Júnior, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), aguarda a cassação de liminares que protegem casas de bingo e a autorização da Justiça para que as máquinas apreendidas sejam destruídas. Só então será feita uma operação que, segundo ele, seria contundente para acabar de vez com o jogo. Galiano disse nesta quinta-feira, 10, que, sem as mudanças, a Polícia e Prefeitura - que fazem apreensões em bares - vão continuar “enxugando gelo”.

Galiano explicou que o atual processo é lento e impede maiores apreensões. “Tem de fazer BO (boletim de ocorrência), auto de apreensão, auto de depósito, entre outras ações.” Segundo o delegado, o processo demora pelo menos três horas. Até quarta-feira, disse Galiano, foram apreendidas na capital 4.138 máquinas -e um total estimado em 180 mil. Foram fechados 111 dos 180 bingos. O prazo de dez dias dado pelo juiz Edson Aparecido Brandão, da 5ª Vara Criminal de São Paulo (encerrado no domingo), para a apreensão de todas as máquinas foi estendido para 30 dias.

Galiano informou ter protocolado representação na Justiça pedindo a destruição das máquinas. A cassação das liminares será pedida com ajuda Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial e Repressão Especial ao Crime Organizado (Gaeco).

O Estado visitou bares no centro e na Lapa e na Barra Funda, na zona oeste, que tinham desligado as máquinas no mês passado e voltaram a fazê-las funcionar. Segundo os donos dos estabelecimentos, a ordem para desligar e religar os caça-níqueis foi dada pelos proprietários das máquinas. “Ele mandou desligar e disse para aguardar segunda ordem”, disse o dono de um bar na Lapa. “A polícia estava em cima, por isso pediram para desligar”, afirmou outro comerciante.

O delegado do Decap admitiu que os donos de caça-níqueis voltaram a ligar as máquinas que haviam desativado há cerca de um mês, quando a Polícia intensificou as ações contra o jogo ilegal. Mas disse que a repressão é a mesma. “Apreendemos de 280 a 300 máquinas por dia.” Para ele, a mídia diminuiu a cobertura das apreensões por causa do papa. “Dá a sensação de que a coisa está esfriando e o pessoal começou a folgar.”




Fonte: AE

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