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Nacional
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 18:27

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SÃO PAULO - O grupo de rap Racionais MCs será punido com uma multa de R$ 3.350,00, segundo informou nesta quinta-feira, 10, a Secretaria Municipal da Cultura. Isso se ficar comprovado, por meio de um relatório de fiscais do palco da Praça da Sé, o atraso de mais de 1h30 na entrada do grupo, durante a apresentação na Virada Cultural. O show dos Racionais estava previsto para às 3 horas da manhã do domingo, 6, mas o grupo só subiu ao palco por volta das 4h40.

Especula-se que o atraso poderia ter motivado o tumulto entre a Polícia Militar e o público, na Praça da Sé. A Secretaria, entretanto, afirma que a multa não é uma resposta ao quebra-quebra, e, sim, apenas ao atraso. De acordo com a Secretaria, a punição será de 10% do valor do contrato, que é de R$ 33.500,00. Sendo assim, a multa seria de R$ 3.350,00.

Resposta à violência

No domingo, 13, a Prefeitura realiza na Praça da Sé a "Festa da Virada". A programação começa às 15 horas, com intervenções circenses e teatrais, e se estende até às 23h30, com shows, entre outros, de Leci Brandão, Alceu Valença, Karnak, Skowa e a Máfia, Pato Fu e Moraes Moreira.

O objetivo do evento, segundo a Secretaria, é dar uma resposta para a violência assistida na Praça da Sé no show do Racionais MCs, durante a Virada Cultural, na madrugada de domingo. Culminada por brigas isoladas, a Praça da Sé se transformou em um palco de guerra entre policiais militares e pessoas que conferiam o show.

A confusão na madrugada

O show dos Racionais estava programado para às 3 horas. Com o atraso de mais de 1h30, o público ficou ansioso e irritado. Algumas pessoas subiram em cima de uma banca de jornal e começaram a pular para varandas de alguns edifícios próximos. A PM tentou intervir - em vão. Quando Mano Brown e os demais companheiros de grupo subiram ao palco, não bastou nem 30 minutos para a Praça da Sé se transformar num cenário de batalha campal.

Mano Brown, líder do grupo, ainda tentou apaziguar os ânimos. "Os policiais estão fazendo seu trabalho, se afastem deles e vamos curtir", dizia ele. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela PM, resultaram em correria e pânico, que se estendeu pelo Estação Sé do Metrô.





Fonte: Estadão

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