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Nacional
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 16:55

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Do G1 - Se for confirmado, o aumento de 28,5% nos salários de congressistas, presidente e ministros deve representar um gasto extra superior a R$ 600 milhões por ano. Aprovado na noite desta quarta (9), na Câmara dos Deputados, a decisão ainda precisa passar pelo Senado.

Contudo, o aumento salarial deve ser aprovado sem dificuldades no Senado. Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), não vai haver protesto. Ontem, na Câmara, a aprovação foi tranqüila.

Com o reajuste de quase 30%, o salário dos parlamentares vai subir de R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil. O presidente da República passará a receber R$ 11,4 mil por mês. Já o vice-presidente e os ministros passam a ganhar R$ 10,7 mil.

Ministro aprova

O ministro da Defesa, Waldir Pires, que recentemente reclamou do seu salário, disse que não sabia do aumento. Informado pela imprensa, demonstrou satisfação. "Quando um ministro termina de pagar as coisas que decorrem do fato de ser ministro fica com R$ 4 mil ou R$ 5 mil. Não tem sentido. Um gerente qualquer tem um salário melhor que um ministro", disse.

O reajuste é pela inflação dos últimos quatro anos e vai ser retroativo a abril. A conta pesa porque, além do salário, cada deputado tem direito a muitos benefícios.

Benefícios

Além do salário mensal de R$ 12.847,00, um deputado recebe um décimo terceiro salário, além de R$ 15 mil de verba indenizatória (para pagar escritório político onde foi eleito, combustível, jantares, viagens, entre outras coisas), R$ 3 mil de auxilio-moradia, R$ 50.815,00 de verba de gabinete para contratar funcionários, R$ 4.268,00 para telefones e correios, e mais dois salários de R$ 12.847,00, um no início do ano e outro no final, como ajuda de custo.

Passagens aéreas variam conforme o estado do deputado. Somando os benefícios e dividindo os três salários extras por 12 meses, os deputados custam, mensalmente, R$ 89 mil por mês.

Segundo o especialista em contas públicas Raul Veloso, o aumento gera um gasto anual superior a R$ 10 milhões. "O problema é que o impacto não vai ser só no Congresso. Acaba gerando impactos semelhantes em Câmaras estaduais, de vereadores, enfim, há um risco de se espalhar por todo o país", afirma.





Fonte: G1

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