Aspirina pode prevenir câncer do intestino, diz estudo
Os autores do artigo destacam, no entanto, que os riscos potenciais do uso prolongado desta quantidade de aspirina e a disponibilidade de outras estratégias de prevenção alternativas impedem que o tratamento seja recomendado à população em geral.
Mas os benefícios podem superar os riscos, afirmam os autores, em indivíduos com um alto grau de propensão a desenvolver um câncer desse tipo.
O estudo foi feito por uma equipe dirigida pelo professor Peter Rothwell, do Departamento Universitário de Neurologia Clínica, da Radcliffe Infirmary, de Oxford.
Em colaboração com os pesquisadores originais - Richard Doll, Richard Peto e Charles Warlow - a equipe de Rothwell investigou os efeitos a longo prazo da aspirina acompanhando pacientes submetidos a dois exames clínicos no fim dos anos 1970 e começo dos 1980.
Os pesquisadores estavam interessados principalmente nos efeitos a longo prazo, já que os adenomas - pólipos pré-cancerosos que se acredita que a aspirina possa ajudar a reduzir - demoram pelo menos dez anos para se transformar em tumores de câncer.
O estudo demonstrou que o uso de aspirina durante cinco anos reduz a futura incidência do câncer do intestino em 37% no geral e em 74% durante o período de entre dez e 15 anos após o começo do tratamento.
Segundo uma análise baseada em outros estudos, o risco de câncer do intestino ou do reto parece também diminuir em entre 50 e 70% em pacientes que tomam altas doses de aspirina durante dez anos ou mais.
A análise mostra ainda que os efeitos benéficos da aspirina são consistentes independentemente de idade, sexo, raça ou país de origem dos pacientes estudados, e que o mesmo efeito é observado em indivíduos com um histórico familiar de câncer do intestino em parentes de primeiro grau.
Comentários