Clinton anuncia acordo para remédios anti-Aids
Sessenta e seis países devem ser beneficiados pela iniciativa na África, na Ásia, na América Latina e no Caribe.
Falando em Nova York, Clinton disse que o acordo com os fabricantes de genéricos se refere especificamente a drogas usadas em pacientes que desenvolveram resistência a formas anteriores e mais baratas de tratamento.
Esses remédios custam normalmente dez vezes mais que os usados inicialmente nos tratamentos. Segundo o ex-presidente, o acordo vai permitir que os preços dessas drogas caiam até 50% e ajudar os países em desenvolvimento a equilibrar seus orçamentos para saúde.
"Os preços são simplesmente exorbitantes em países com renda média, como o Brasil e a Tailândia. Esses países são lar de metade das pessoas em tratamento", disse Clinton.
Unitaid
A Fundação Clinton também negociou um acordo separado para diminuir o preço de uma nova geração de drogas anti-Aids usadas como primeira opção nos tratamentos.
Os medicamentos, combinados em uma pílula por dia, estarão disponíveis por menos de US$ 1 por dia por paciente em países em desenvolvimento.
Desde que deixou a Casa Branca em 2001, Bill Clinton tem se envolvido, por meio de sua fundação, em iniciativas para deter o avanço da Aids no mundo.
Segundo o ex-presidente, 7 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento precisam dos remédios para HIV/Aids, mas não podem pagar pelo tratamento.
O acordo intermediado pela Fundação Clinton foi feito em parceria com a organização internacional Unitaid, que financia a compra de remédios para HIV/Aids para países em desenvolvimento. Um dos co-fundadores da Unitaid é o Brasil.
A Unitaid vai dar à Fundação mais de US$ 100 milhões por ano para a compra de drogas contra a Aids para 27 países até 2008.
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