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Em documento, mais de 51.000 exigem renúncia de Wolfowitz
WASHINGTON - Quase 52 mil pessoas - entre elas 506 brasileiros - assinaram uma declaração pedindo a renúncia do presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz. O abaixo-assinado foi entregue nesta quarta-feira, 9, a altos funcionários do banco durante um protesto organizado pela ONG Avaaz bem na porta do banco, em Washington.
"A atuação polêmica de Wolfowitz comprometeu a eficiência do banco e a capacidade da instituição de levantar recursos", disse Galit Gun, responsável por campanhas da Avaaz. Enquanto um pequeno grupo de manifestantes protestava com faixas de "renuncie Wolfowitz", o conselho de administração do banco continuou aguardando a resposta de seu presidente ao relatório que entregou na segunda-feira, 7.
No relatório, o comitê de 24 integrantes determinou que Wolfowitz é culpado de favorecer sua namorada, Shaha Riza, ao promovê-la a um cargo com salário milionário, e que ele quebrou as regras do banco com conflito de interesses. Espera-se que Wolfowitz apresente suas defesa até sexta-feira, 11, dia em que o comitê vai se reunir para apresentar suas recomendações. O comitê pode pedir a renúncia de Wolfowitz, ou fazer uma advertência grave.
Polêmica
Shaha Riza era funcionária do Banco Mundial e foi transferida para o Departamento de Estado em setembro de 2005, pouco depois de Wolfowitz assumir a presidência do Bird. Nessa transição, Shaha ganhou um aumento salarial de US$ 61 mil (mais de 40%), a pedido de Wolfowitz. O salário dela foi para US$ 193.590 líquidos por ano e Shaha passou a ganhar mais do que a secretária de Estado Condoleezza Rice, que recebe US$ 183.500 brutos por ano.
Hoje, a Casa Branca tentou dissipar rumores de que estaria lentamente deixando de dar apoio a Wolfowitz e pediu mais tempo para o americano se defender. "Ele merece que os fatos sejam analisados de forma justa", disse hoje Dan Bartlett, conselheiro do presidente George W Bush. O advogado de Wolfowitz, Robert Bennett, reclamou do pouco tempo concedido a seu cliente para formular uma resposta.
Os europeus continuam pedindo a cabeça de Wolfowitz. A ministra alemã de desenvolvimento, Heidemarie Wiezorek-Zeul, teria deixado claro, diante de integrantes do conselho do banco, que a renúncia de Wolfowitz seria a melhor solução para o caso.
A saída de Wolfowitz terá de ser cuidadosamente manobrada. Tradicionalmente, a Europa indica o presidente do FMI e os EUA, o do Bird. Alguns europeus pedem a saída de Wolfowitz e até a quebra da tradição - querem permitir que cidadãos de outros países assumam a liderança do banco. Mas não querem bater de frente com os Estados Unidos.
"A atuação polêmica de Wolfowitz comprometeu a eficiência do banco e a capacidade da instituição de levantar recursos", disse Galit Gun, responsável por campanhas da Avaaz. Enquanto um pequeno grupo de manifestantes protestava com faixas de "renuncie Wolfowitz", o conselho de administração do banco continuou aguardando a resposta de seu presidente ao relatório que entregou na segunda-feira, 7.
No relatório, o comitê de 24 integrantes determinou que Wolfowitz é culpado de favorecer sua namorada, Shaha Riza, ao promovê-la a um cargo com salário milionário, e que ele quebrou as regras do banco com conflito de interesses. Espera-se que Wolfowitz apresente suas defesa até sexta-feira, 11, dia em que o comitê vai se reunir para apresentar suas recomendações. O comitê pode pedir a renúncia de Wolfowitz, ou fazer uma advertência grave.
Polêmica
Shaha Riza era funcionária do Banco Mundial e foi transferida para o Departamento de Estado em setembro de 2005, pouco depois de Wolfowitz assumir a presidência do Bird. Nessa transição, Shaha ganhou um aumento salarial de US$ 61 mil (mais de 40%), a pedido de Wolfowitz. O salário dela foi para US$ 193.590 líquidos por ano e Shaha passou a ganhar mais do que a secretária de Estado Condoleezza Rice, que recebe US$ 183.500 brutos por ano.
Hoje, a Casa Branca tentou dissipar rumores de que estaria lentamente deixando de dar apoio a Wolfowitz e pediu mais tempo para o americano se defender. "Ele merece que os fatos sejam analisados de forma justa", disse hoje Dan Bartlett, conselheiro do presidente George W Bush. O advogado de Wolfowitz, Robert Bennett, reclamou do pouco tempo concedido a seu cliente para formular uma resposta.
Os europeus continuam pedindo a cabeça de Wolfowitz. A ministra alemã de desenvolvimento, Heidemarie Wiezorek-Zeul, teria deixado claro, diante de integrantes do conselho do banco, que a renúncia de Wolfowitz seria a melhor solução para o caso.
A saída de Wolfowitz terá de ser cuidadosamente manobrada. Tradicionalmente, a Europa indica o presidente do FMI e os EUA, o do Bird. Alguns europeus pedem a saída de Wolfowitz e até a quebra da tradição - querem permitir que cidadãos de outros países assumam a liderança do banco. Mas não querem bater de frente com os Estados Unidos.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/228531/visualizar/
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