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Internacional
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 19:16

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BRASÍLIA - A seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu, nesta quarta-feira, 9, processo disciplinar contra seis advogados presos pela Operação Hurricane da Polícia Federal, que investiga a venda de sentenças judiciais. Entre eles, está Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina. A investigação interna, que será conduzida pelo Tribunal de Ética e Disciplina da entidade, pode resultar em punições que vão da censura à expulsão dos acusados.

Os seis advogados serão ouvidos pela OAB sobre as denúncias, provavelmente no presídio federal de Campo Grande (MS), para onde todos os detidos pela PF foram transferidos; depois disso, dependendo da avaliação do órgão, já podem ser afastados preventivamente.

Responderão ao processo, além de Virgílio, José Renato Granado Ferreira, presidente da Associação de Administradores de Bingos do Estado do Rio de Janeiro,;Júlio César Guimarães Sobreira, sobrinho de Aílton Guimarães, o Capitão Guimarães, presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio e dono de casas de bingo, segundo a PF; Silvério Nery Cabral Jr., genro do desembargador José Eduardo Carreira Alvim, acusado de receber um automóvel em negociação com donos de máquinas caça-níqueis; Sérgio Luzio Pereira, apontado como um dos intermediários nas negociações de sentenças e o delegado de Polícia Federal Carlos Pereira da Silva, acusado de receber benefícios do esquema para repassar informações sobre operações de apreensão de caça-níqueis.

Virgílio Medina é acusado pelo Ministério Público de negociar, por R$ 600 mil, uma liminar do irmão para manter a liberação de 900 máquinas caça-níqueis que haviam sido apreendidas em Niterói (RJ). A decisão foi dada em agosto do ano passado, mas derrubada em seguida pelo Supremo Tribunal Federal. Paulo Medina também foi denunciado pelo MP; a princípio, ele havia solicitado licença médica. Na semana passada, requereu ao STJ abertura de processo administrativo e afastamento até a conclusão das investigações.





Fonte: Estadão

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