Dieese: inflação sobe mais para famílias de maior renda
Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias paulistanas. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).
No primeiro grupo, o Dieese apurou ICV de 0,31% em abril frente a 0,37% em março. No segundo, a inflação avançou 0,39%, em relação à alta de 0,27% do mês anterior. No terceiro, de maior poder aquisitivo, o ICV foi mais expressivo, de 0,43%, ante a taxa de 0,21% de março.
Transportes
Na avaliação do Dieese, os reajustes de preços do grupo Transporte, que tiveram origem nos combustíveis, contribuíram mais no cálculo da taxa das famílias de maior poder aquisitivo (0,18 ponto porcentual) e das incluídas no segundo estrato de renda (0,12 ponto). Representou menos (0,05 ponto porcentual), entretanto, para a população de menor renda.
Outro fator citado pelo Dieese foi o aumento de preços praticados nos restaurantes e lanchonetes da capital paulista. Segundo a instituição, a demanda nestes locais é maior para o grupo de poder aquisitivo mais elevado. Em abril, as contribuições do ICV de cada grupo foram de 0,09 ponto porcentual para o grupo 1; de 0,10 ponto para o grupo 2; e de 0,11 ponto para o grupo de maior renda.
Quanto aos aumentos dos grupos Saúde e Despesas Pessoais, que tiveram destaque no ICV geral, o Dieese informou que estas variações tiveram impactos semelhantes para os cálculos das taxas de inflação dos três estratos de renda. Segundo a instituição, somadas, as contribuições destes grupos ficaram próximas de 0,10 ponto porcentual em todos os estratos.
Comentários