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Governador afirma que as denúncias feitas pela ex-adjunta são graves e que serão investigadas
Silval diz que investigará denúncias de Vanice
A denúncia da ex-secretária adjunta de Estado de Educação, Vanice Marques (PSD), de que recursos da pasta estariam sendo usados para fins escusos, é admitida como grave pelo governador Silval Barbosa (PMDB). O chefe do Executivo afirmou que a acusação será investigada e tratada com intensa seriedade.
Na última semana a social-democrata pediu exoneração do cargo na Seduc, alegando que não encontrava meios de realizar seu trabalho, já que estava sendo retaliada pelo mandante da pasta, secretário Ságuas Moraes (PT). Desde então, o governador ainda não havia se manifestado sobre as acusações.
“Não somente a Seduc, mas todas as denúncias possíveis em gestões das secretarias eu tenho mandado apurar. A denúncia dela é mais séria e será tratada com mais seriedade”, destacou Silval Barbosa.
Na nota em que justificava sua saída, Vanice apontou ainda que o petista atua com ingerência e utiliza subterfúgios, que comprometem o desenvolvimento da educação no Estado. O secretário, no entanto, rebateu essas acusações e vaticinou ao dizer que “Vanice projeta nos outros aquilo que é de sua prática, ela que deve fazer isso”.
“Tem gente que tem mania de projetar nos outros aquilo que é de sua prática. Se ela falou isso é porque deve ser uma prática dela. Ela tem uma dificuldade de relacionamento, veio com uma expectativa muito grande e parece que o que encontrou não estava dentro do que ela esperava”, disse Ságuas Moraes.
A ex-gestora é irmã do deputado estadual Airton Português (PSD) e entrou na Seduc como uma indicação da sigla na volta à base governista. Contudo, a pasta há anos era gerida pelo PT, que segundo informações de bastidores, teria se incomodado com a ‘intromissão’ e acirrado assim um conflito por espaço.
Fato esse que foi negado pelo próprio deputado estadual Alexandre César (PT), que ao lado de Português, defende o Estado na Assembleia Legislativa. Ele também defende que Vanice não se ajustou a suas atividades e que possuía dificuldade em lidar com os outros servidores, mas que de forma nenhuma o PT provocou a saída.
“A Seduc tem um processo em curso que foi mantido no esforço de atender pela complexidade dos processos. Mas se houve qualquer conflito, isso foi externo. O PT não influencia em nada. Ela foi indicada pelo governador e nós não temos dificuldades nas composições que são determinadas por Silval”, argumentou.
Resposta – Em uma resposta rápida ao conflito com o PT, a bancada do PSD no parlamento estadual já deixou claro que irá realizar uma ‘devassa’ nas atividades da Seduc. Ainda nesta semana, foram lançados requerimentos que pedem esclarecimentos do investimento dos transportes escolares no interior.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
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