Remédio contaminado mata 100 no Panamá
Os comentários de Jiang, feitos durante uma sessão regular de informação a jornalistas, na terça-feira, foram causados por um artigo publicado domingo pelo New York Times, relatando o caso do medicamento contra tosse chinês exportado ao Panamá e contaminado por um poderoso solvente industrial, o glicol dietileno, cuja origem foi traçada a uma fábrica no leste da China.
A reportagem informava que o solvente, vendido por intermédio de negociantes da China, Espanha e Panamá, havia sido falsamente identificado como glicerina, um xarope de sabor adocicado usado com freqüência como ingrediente na fabricação de remédios. O Ministério do Exterior informou que nem a fábrica de produtos químicos que produziu o xarope tóxico, a Taixing Glycerine Factory, nem a trading estatal que o exportou, a CSNC Fortune Way, eram supervisionadas pela agência de regulamentação de remédios chinesa.
Jiang enfatizou que os fabricantes chineses de remédios devem seguir regras severas para a aquisição de ingredientes farmacêuticos e solventes usados em medicamentos. Mas os comentários dela não revelaram integralmente o papel desempenhado pela fábrica de produtos químicos nas mortes ocorridas no Panamá.
As autoridades chinesas detiveram um intermediário, Wang Guiping, que elas dizem ter confessado falsificar o rótulo do glicol e alterado a identificação para glicerina antes de enviar o produto à CSNC Fortune Way.
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