Aeronáutica faz reconstituição de acidente entre Boieng da Gol e jato Legacy
Além de indiciar os pilotos do Legacy, a Polícia Federal sugere que a Aeronáutica investigue a conduta dos controladores de Brasília, que estavam monitorando o vôo no dia 29 de setembro do ano passado, no dia da tragédia.
O Ministério Público Federal ainda pode pedir novas investigações ou denunciar os pilotos à Justiça.
Reconstituição
A Aeronáutica também avançou nas investigações do acidente. A comissão responsável pelo relatório sobre as causas do acidente finalizou o cruzamento de dados das caixas-preta do Boeing, do Legacy e da comunicação interna das torres de controle. Com os cruzamentos, a Força Aérea fez um vídeo com a reconstituição precisa de tudo o que aconteceu com os dois aviões, antes e depois da colisão. Agora, a comissão começa a fazer o relatório preliminar do acidente.
A reconstituição revela que na decolagem tudo funcionava perfeitamente nos dois aviões. A primeira evidência de que algo estava errado surgiu 55 minutos antes do acidente. O transponder, equipento anti-colisão, deixou de emitir sinais ao radar.
De acordo com as investigações, os controladores de vôo não adotaram qualquer procedimento de segurança obrigatório, como o contato com os pilotos do Legacy. Em relação ao transponder, a comissão trabalha com duas hipóteses. A primeira é de que houve pane, o que foi descartado pelo fabricante. A outra hipótese é de que o aparelho foi desligado involuntariamente pelos pilotos do jato.
Fontes da Aeronáutica afirmam que os controladores militares se recusam a prestar esclarecimentos sobre o caso. Por lei, esses depoimentos devem ser espontâneos.
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