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Sábado - 13 de Abril de 2013 às 03:44
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Sindicato diz que desde a inauguração do PS, em 1980, não houve nenhuma ampliação da unidade
Sindicato diz que desde a inauguração do PS, em 1980, não houve nenhuma ampliação da unidade
A falta de condições mínimas para o trabalho fez com que o médico D.D.D, de 25 anos, registrasse um Boletim de Ocorrências contra a prefeitura de Cuiabá. Ele é cirurgião plantonista no pronto-socorro da Capital desde 2011. 

O médico assegurou que faltam equipamentos básicos e impreteríveis ao atendimento hospitalar emergencial. Ventiladores mecânicos, manguito de pressão, monitores cardíacos e até macas não são encontrados na unidade. 

O plantonista da unidade afirmou que a estrutura do local está precária para receber a população e, mesmo assim, apenas ele e uma colega tiveram que atender 35 pacientes, sem ter sequer como realizar internações, pois a unidade se encontrava superlotada e com poucos funcionários. 

Segundo D.D.D., durante o plantão de quinta-feira estavam disponíveis apenas seis técnicos de enfermagem, dois enfermeiros e dois médicos. A quantidade é insuficiente para atender à demanda. 

O diretor do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Werler Peres, diz que os profissionais que atendem o setor de urgência e emergência são a ponta do iceberg. Ele explica que todos atuam sob um estresse intenso e muitas vezes recorrem à polícia como forma de se resguardar. 

Peres lembra que eles chegam a ser ameaçados por familiares, que mesmo vendo a situação precária do pronto-socorro exigem a internação ou cirurgia do paciente. 

Os médicos ficam ainda mais expostos ao erro, tendo em vista a carência de equipamentos e medicamentos na unidade. 

Mesmo com todas as dificuldades, o diretor assegura que todos que chegam são recebidos. Além dos traumas vindos da Capital, o PS atende pessoas vindas do interior. 

Na opinião do sindicalista, a única solução para o problema é a construção de um novo pronto-socorro. A atual unidade foi construída em 1980, quando Cuiabá tinha cerca de 200 mil habitantes. Hoje, a cidade tem o triplo dos moradores e nenhuma ampliação foi realizada. 

A assessoria da Prefeitura Municipal de Cuiabá afirmou, por meio de nota oficial, que sempre existem dois médicos de plantão. A gestão municipal considerada o número suficiente para o setor. Conforme a nota, há em torno de 20 médicos, dezenas de enfermeiros e técnicos de enfermagem em todos os outros setores do hospital e eles podem ajudar em alguma eventualidade. 

A assessoria confirmou que na noite de quinta-feira houve um problema com um dos ventiladores usados para estabilizar os pacientes. Porém, de acordo com a nota, o equipamento foi substituído prontamente. 





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