Empresário Berté nega trabalho escravo
Essa terceirização, de acordo com o empresário, só ocorreu junto à Carvão Ouro Branco para o trabalho de manutenção das fazendas. Por descumprir a legislação, a empresa acabou penalizando a Berté junto à Justiça Trabalhista. "Tenho 21 anos no mercado e minha principal atividade é plantar floresta. Não corto uma árvore nativa para plantar uma exótica. Não trabalhamos com nenhum colaborador (funcionário) sem registro. Todos têm suas casas e alojamentos dentro do que preceitua a legislação trabalhista", garante o empresário.
Em sua decisão, o juiz Ivan Tessaro, ao deferir o pedido de antecipação de tutela, com caráter inibitório, proibiu contratos por meio de gatos e determinou também que a empresa não aloje trabalhadores em barracos de lona e garanta a eles o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, sob pena de pagamento de multa de R$ 20 mil. A Berté também foi punida com multa de R$ 1 mil por trabalhador encontrado em situação irregular.
"Foi a única terceirização que fizemos e não vamos fazer mais. Infelizmente cometi essa besteira de contratar uma empresa para fazer a manutenção das fazendas sem exigir dela o cumprimento rigoroso da legislação. Como ela não cumpriu, sobrou para a gente", lamenta o empresário Vilmar Berté. Para ele, não houve condenação, mas sim orientação.
O empresário destaca que as 18 fazendas nos municípios de Brasnorte, Juína, Dom Aquino, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Alto Araguaia e Juruena, desenvolvem as mais modernas tecnologias. A Berté Florestal Ltda foi fundada em 86. Atua no ramo madeireiro. Desde 90 desenvolve pesquisas e plantio de floresta, cujos trabalhos se basearam no plantio de diversas espécies, dentre elas a Teca e o Eucalipto. Já plantou mais de 12 milhões de árvores em áreas degradadas do Estado.
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