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Nacional
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 07:03

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está não só irritado com Evo Morales, mas também convencido de que, a partir de agora, haverá mudanças nas relações mais que cordiais entre os dois governos. A prova da reação ao decreto de Morales, no domingo, que deu à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB) o monopólio na exportação de petróleo bruto reconstituído e de gasolina branca, segundo assessores, é o fato de Lula não ter conversado ainda com Evo. Além disso, Lula autorizou a retaliação da Petrobras, que decidiu vender as refinarias que tem na Bolívia e deixar o refino de petróleo no país.

Lula reclama do comportamento de Evo desde a última vez em que o encontrou, em 18 de abril, na Cúpula Energética da Comunidade Sul-Americana de Nações, em Isla Margarita, Venezuela. Na ocasião, Lula garantiu a Evo que o ajudaria a resolver as divergências sobre o fornecimento de gás, mas disse ao colega: "Você tem que me ajudar a te ajudar." No dia seguinte, já no Brasil, durante reunião com o Conselho Político, formado pelos líderes dos partidos da coalizão, Lula queixou-se de Evo. Disse não confiar nele porque ele "acerta uma coisa de dia e diz outra coisa de noite".

Depois do decreto de domingo, Lula se disse preocupado com o impasse e o futuro das relações entre os dois países. Mostrou também que não está mais disposto a tratar Evo como bom companheiro e vizinho. Segundo assessores, Lula perdeu a paciência com Evo. Ele avaliou que o decreto representa um esgarçamento da convivência amistosa. O presidente disse que vai aguardar os acontecimentos, mas lembrou que a decisão de Evo tem reflexos negativos para a sociedade brasileira e, por isso, não pode ser tratada como mais um ato do nacionalismo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





Fonte: AE

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