Governo encomenda diagnóstico de áreas florestais dos municípios
O pesquisador da Embrapa e PhD em genética florestal, Jarbas Shimizu, avalia que o diagnóstico já apresenta resultados, como a área plantada em 145 mil hectares, e a catalogação de 23 espécies florestais. As plantas mais cultivadas no Estado são o eucalipto, seringueira, teca e pinho cuiabano (paricá). “O diagnóstico vai oferecer uma visão global sobre a atividade florestal, potencial, qual espécie apresenta resultado positivo e em qual região”, esclarece Jarbas.
O levantamento das áreas com espécies florestais começou no ano de 2006, analisando registros de dados existentes sobre o plantio e também o trabalho de campo para conferir in loco dados quantitativos e qualitativos. Segundo o pesquisador, estão na fase final da tabulação dos dados. Ele antecipa que o plantio de eucalipto é o maior do Estado, com uma área plantada de 49,5 mil hectares, a seringueira vem logo em seguida, com 44,8 mil hectares, e a teca com 44,5 mil hectares.
Para execução desse trabalho a Sicme repassou recursos na ordem de R$ 170 mil e a Arefloresta executou a tarefa de coleta de dados em todo o Estado. O vice-presidente da Arefloresta, Haroldo Klein fala que existe no Estado 1 milhão de hectares de terras deixadas pelo plantio da soja que poderá ser cultivado com as diferentes espécies florestais.
Segundo ele, no local já existe toda uma infra-estrutura para abrigar novos plantios, estradas, áreas abertas e não havendo necessidade de desmatamento. “Queremos que a utilização desse diagnóstico seja para consulta pública e a cada dois anos faremos uma avaliação do diagnóstico para atualização dos dados”, esclarece Klein.
Alguns dados preliminares mostram que o município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) é o que mais possui área plantada com 11,9 mil hectares de espécies florestais , em segundo lugar Paranatinga (373 km ao Sul) com uma área de 11,5 mil hectares e em terceiro Itiquira (357 km ao Sul) 10,4 mil hectares. “O diagnóstico é uma prestação de contas para o Estado de Mato Grosso “, lembra Haroldo.
O presidente da Empaer, Leôncio Pinheiro da Silva Filho analisa que a partir desses dados será possível elaborar programas específicos, estudando as potencialidades regionais para oferecer tecnologia para o agricultor familiar a fim de produzir conforme as recomendações técnicas. Ele adianta que com o resultado do diagnóstico será realizado um “workshop” para apresentar a toda sociedade a situação atual das florestas plantadas do Estado de Mato Grosso. O evento poderá acontecer no mês de julho.
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