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Cidades/Geral
Terça - 08 de Maio de 2007 às 12:43

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Um grupo de proprietários rurais cujas propriedades estão localizadas na divisa entre os Estados de Mato Grosso e Pará está preocupado com a situação das estradas que dão acesso ao local. A principal delas, aberta ainda na década de 70, tem 26 quilômetros em total situação de abandono. Ontem, o grupo esteve na prefeitura, cobrando apoio do Executivo para auxiliar na recuperação das vias.

Carlos José Carvalho, que é proprietário de uma pousada na região, conta que já chegou a levar um dia inteiro para fazer o trajeto de pouco mais de 100 quilômetros de Alta Floresta até sua pousada. Ele teme que a situação crítica das estradas afugentem os turistas que vêm visitar a região em busca de descanso. “O turista não vem para a minha pousada, só, ele vem para Alta Floresta e assim fica difícil”, relata o empresário.

Por estar localizada na divisa dos dois estados, a estrada ficou abandonada. O município nunca assumiu a responsabilidade pela sua conservação, mesmo sabendo que os proprietários de terra na localidade são empresários ou moradores de Alta Floresta. Toda a riqueza e impostos arrecadados nessas propriedades são recolhidos no município, que não ofereceu, até então, o apoio necessário em termos de infra-estrutura.

Preocupados em sensibilizar a administração altaflorestense, os proprietários levaram dezenas de fotos, revelando o calvário sofrido no trajeto até o local. Eles se reuniram e, com esforços próprios, iniciaram os trabalhos de restauro. Porém, dependem de auxílio externo. Conseguiram a promessa de liberação de 20 mil litros de óleo diesel. Esse montante atende a realização de um trabalho paliativo. Na opinião de Carvalho, o ideal seria uma ação que impedisse a formação de atoleiros nos próximos anos, com praticamente a reabertura da estrada.

Carlos cita que o transporte de gado fica inviabilizado no período chuvoso. São dezenas de proprietários que geram economia para o município e o estado, que já viram na iminência de fazer o transporte de gado de maneira rústica, através de comitivas. Estima-se que mais de 100 mil cabeças de gado são criadas na região.

Além da reunião com a prefeita de Alta Floresta, o grupo pretende procurar instituições e pessoas ligadas ao governo do Estado.

“A gente quer que o turista venha e faça um tour pela cidade, não só na minha pousada, que venha, que gaste aqui. Só que a gente precisa de estrada, não tem como trabalhar sem estrada”, ressaltou.





Fonte: Diário News

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