Venda de artesanato cresce 42% na Festa do Pantanal de 2007
A festa, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur) e Governo do Estado, contou também com o apoio de vários parceiros como, Sebrae, Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme). Para o secretário da Sicme, Alexandre Furlam, a Festa Internacional do Pantanal propicia ao artesão que ele mostre seus produtos em um local que tem público. "Temos procurado dar densidade e qualidade ao artesanato de Mato Grosso. Nosso papel tem sido de fomentar a atividade, tratando o artesanato como um produto e não de forma assistencialista, como ocorria no passado", disse. Mato Grosso tem 40 mil artesãos e o setor movimenta R$ 100 milhões por ano, informou a Sicme.
Alguns artesãos comemoraram bastante e tiveram até que repor os estoques no sábado, um dia antes da festa terminar. Outros tiveram que fechar a barraca no final da tarde de domingo, por falta de peças para vender. Foi o caso de Mirian Petrenko, que comercializou doces e compotas na feira. Após vender os 240 potes de geléia de pimenta que trouxe de Terra Nova do Norte (648 quilômetros de Cuiabá), ela teve que encerrar o trabalho. Miriam é vice-presidente da Associação de Mulheres Artesãs Rurais (Amar). Deise Coelho de Barros, do Núcleo Cooperativo dos Produtores de Canjinjim de Vila Bela da Santíssima Trindade (distante 520 qulômetros de Cuiabá) também foi outra artesã que comemorou as boas vendas.
O canjinjim é uma bebida revigorante tradicionalmente preparada pela comunidade da cidade que foi a primeira capital do Estado e tem a população predominantemente formada por negros. "Fizemos bons negócios. Além da venda de mais de 300 garrafas, a R$ 10 cada, fechamos negócio com restaurantes de Cuiabá, Chapada dos Guimarães e uma empresa de turismo, além de vendas no aeroporto Marechal Rondon", contou Deise.
Para a presidente da Associação de Artesanato e Reciclagem (Amart), Vânia Janones, a feira de artesanato dentro da Festa Internacional do Pantanal melhorou muito. "Em um local espaçoso e com ar condicionado, as pessoas podem olhar os produtos com calma e nós acabamos vendendo mais", disse. Por volta das 18 horas de domingo, há haviam vendido 90% dos produtos levados para o evento, sem falar nas peças encomendadas e nos contatos feitos com lojistas. Segundo ela, os produtos que mais vendem são os utilitários. "As pessoas buscam produtos que decoram, mas que também podem ser usados no cotidiano".
Os produtos da Associação de Artesão Dom Bosco, de General Carneiro, a 449 quilômetros de Cuiabá, são uma prova disso. As luminárias, fruteiras, vasos, porta-objetos, entre outras peças fizeram grande sucesso. A artesã Lucimar Bemvinda de Lima, disser que a associação vendeu bem.
As integrantes da Cooperativa Mulheres de Fibra, de Nova Olímpia (207 quilômetros de Cuiabá) também aproveitaram para fazer contatos durante a festa. "Vendemos bem", disse Marli Martins, integrante da cooperativa, informando que o produto mais procurado foram as flores feitas com papel artesanal de bagaço de cana-de-açúcar. Segundo ela, foram feitas muitas vendas também de caixas de presentes para o dia da Mães.
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