CUT/MT apóia reivindicações dos praças
O presidente da entidade, Julio César Viana, considera que os protestos organizados pela categoria são importantes para a construção de um projeto democrático que contemple os praças. A inclusão de emendas, como a que sugere aumento de 23,9% aos praças e a que trata da retirada dos artigos 28 e 38, responsáveis pela limitação das promoções de acordo com o efetivo de soldados, é reflexo das posturas adequadas para assegurar a elevação das patentes no serviço de segurança pública no Estado.
Viana vê como indecente o realinhamento salarial proposto pelos oficiais, já que a folha de pagamento referente aos cargos garante salários de até R$ 9,6 mil (coronéis), podendo passar a R$ 11 mil, caso o projeto de lei seja aprovado. Já o salário de um soldado, que é de R$ 1,1 mil, irá para R$ 1,3 mil caso haja a aprovação da emenda.
A baixa remuneração inclusive leva os trabalhadores a buscarem mais de um emprego, prestando os chamados “bicos” na área de segurança privada, comprometendo o trabalho nas ruas em função da excessiva carga horária.
O presidente afirma que a luta é contra o sistema de “coronelismo” atual, quando praças ainda dependem da boa vontade dos oficiais para garantir a promoção por “merecimento”. As emendas asseguram a impessoalidade no processo das promoções, que passa a ser mais transparente, definido a partir de condições pré-determinadas. “Aqueles que são contrários ao sistema democrático pretendem apenas manter a situação de clientelismo verificada na segurança pública estadual”, disse.
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