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Economia
Segunda - 07 de Maio de 2007 às 09:42

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O preço do álcool voltou a cair em alguns postos de combustível de Mato Grosso. No entanto, usineiros e distribuidores de combustíveis apresentam explicações contraditórias para a queda no valor do produto.

Em alguns postos de Cuiabá, o álcool está custando R$ 1,47. Na capital o preço caiu em apenas alguns postos. Mas os motivos da redução ainda são um mistério. "A gente não sabe porque está subindo nem porque está descendo", disse a contadora Albertina Barbosa Souza.

De acordo com os usineiros, a queda não tem ligação com o início da safra de cana-de-açúcar. "Ele teve um espasmo de subida. O Ministério Público atuou prontamente para fazer cumprir o que manda a decisão liminar do Tribunal de Justiça e o setor, então, voltou", explica Jorge dos Santos, superintendente do Sindálcool.

Em outro posto da cidade, o preço do litro do álcool não baixou e continua custando R$ 1,69. "A gente compra hoje o álcool a R$ 1,57. Não tem condições de vender a R$ 1,47", argumenta Bruno Borges, dono do posto.

A oscilação de preços ganhou força no ano passado. O combustível fechou o primeiro trimestre de 2006 custando R$ 2,45 devido à quebra da safra de cana. Depois de intervenções do Ministério Público e da Secretaria de Estado de Fazenda, o produto despencou para R$ 1,43 em março deste ano. Um mês depois, veio uma nova alta e o litro atingiu R$ 1,89 na semana de entressafra.

Os sindicatos dos produtores e revendedores deram explicações diferentes para o aumento. "O Sindálcool foi tão tachativo em dizer que não haveria falta de produto na entressafra em Mato Grosso. Não é o que está acontecendo", disse o presidente do Sindipetróleo, Fernando Chaparro, em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso no fim de março. "Em nenhum momento faltou álcool. Nós tivemos problemas mercadológicos em relação a pequenas unidades de distribuição de bandeira branca, que não tinham relacionamento com as grandes destilarias que temos no estado e, por isso, não foram atendidas", rebateu Jorge dos Santos, do Sindálcool.

A instabilidade deixa o consumidor sem saber se ainda compensa abastecer o carro com álcool. "Essa oscilação termina desprogramando o planejamento familiar exatamente na questão do consumo de combustível que é muito grande na cidade em que vivemos, em função do deslocamento", afirmou o professor Einstein Lemos Aguiar.





Fonte: TV Centro América

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