Grêmio atropela o Juventude e é campeão no RS
Com o título, o Grêmio embolsa o caneco do Estadual pela 35ª vez. O Inter, tradicional rival dos azuis, tem 37. Ao Juventude, freguês histórico do Tricolor, restou o desgosto de perder pela terceira vez uma decisão para o oponente da capital. O Ju segue com um único título regional, em 1998.
Festa merecida no Olímpico
Acima de tudo, o Grêmio mereceu. Mereceu não apenas a vitória maiúscula deste domingo, mas também, e muito, o título do Gauchão. O time de Mano Menezes sobrou na competição. Fez campanha impecável na primeira fase, buscou recuperação heróica nas semifinais e humilhou o Ju na decisão. A deficiente equipe de Caxias do Sul, entre altos e baixos, fechou a competição com o máximo que poderia alcançar: o posto de vice-campeã.
Os torcedores que foram ao Olímpico neste domingo viram uma atuação impecável do Grêmio. Favorecido pelo empate, o time da casa bem que poderia esperar o Ju. Mas não foi o que fez. Preferiu jogar com naturalidade. E assim, na boa, ganhou o jogo fácil, fácil.
A partida escancarou a superioridade do Grêmio. Não demorou muito para ficar evidente que a taça do Gauchão permaneceria no Olímpico. Aos 15 minutos, Lúcio fez bela jogada pela esquerda e cruzou. A bola atravessou a área e foi parar do outro lado, com Gavilán. Novo cruzamento, desta vez cortado pela defesa. Tcheco, na entrada da área, pegou o rebote, fintou Radamés e mandou um chute perfeito de perna direita, no ângulo esquerdo de André.
Belo gol, mas não no nível do que Diego Souza fez na largada da etapa final. Aos três minutos, André cortou mal um cruzamento da direita, e o meia, de costas, acertou um misto de voleio e bicicleta. Golaço é pouco. Tremendo golaço.
O Alviverde entrou em parafuso. Aos oito, Ricardo fez pênalti em Tuta. O próprio centroavante bateu, mas mal. André pegou. Logo depois, Lúcio cruzou da esquerda, e Tcheco cabeceou no travessão. No rebote, Tuta chutou sobre a zaga. Em seguida, não teve jeito. Tcheco pegou a bola na área, deixou André para trás e completou para a rede: 3 a 0.
E tinha mais. Lúcio, o melhor jogador da final, arriscou quase da linha de fundo e enganou o goleiro do Juventude para fazer o quarto gol. Humilhado, o Alviverde ainda teve forças para descontar com Gabriel, de cabeça, aos 31. Mas era tarde demais. Estava decretada a incontestável goleada gremista. E o Grêmio seguirá como patrão do futebol gaúcho por mais um ano.
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