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Nacional
Domingo - 06 de Maio de 2007 às 11:44

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Políticos presentes ontem à missa de sétimo dia pela morte do publisher da Folha, Octavio Frias de Oliveira, destacaram o papel do empresário na retomada da democracia no Brasil, a partir da metade dos anos 70.

"O sr. Frias é um homem que ganhou o respeito de todo o Brasil. Merece ser sempre lembrado com gratidão por nosso povo pelo seu esforço para ajudar o país a retomar o regime democrático. Ele trabalhou de maneira incessante pela liberdade", afirmou o governador interino de São Paulo e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman (PSDB).

A primeira-dama de São Paulo, Mônica Serra, foi à missa e representou o governador do Estado, José Serra (PSDB), que está em viagem ao exterior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou para representá-lo Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Não estou aqui apenas na condição de ministro, mas principalmente na de jornalista. Frias nunca confundia a pessoa física com a pessoa jurídica. E gostava de ser tratado de igual para igual", disse o ministro.

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., disse "admirar o trabalho de Frias pela grande obra que foi capaz de construir". O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), declarou que, "nessas horas, as palavras são as mais simples: nossa gratidão pelo papel no fortalecimento da democracia".

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que "Frias canalizou os sentimentos tão fortes de liberdade e democracia pelos quais a população clamava no final da ditadura militar". Segundo ele, "foi sobretudo por meio da Folha que esse sentimento foi expressado".

Nas palavras do presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), Frias "percorreu o caminho da democracia, da liberdade, da ética e da justiça social". Segundo ele, o publisher da Folha "ajudou a valorizar e a implantar esses conceitos em nosso país por meio de suas publicações".

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse: "Frias foi um dos homens mais importantes da imprensa no Brasil. Transformou a Folha em marco e referência". O secretário de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, declarou: "Após a luta e a dor pela perda de Octavio Frias, ficam o seu exemplo de vida, a família que construiu e a sua obra de construção de um país democrático e de uma imprensa independente".

Rodrigo César Rebello Pinho, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, disse que Frias foi um "exemplo de jornalista, de empresário e de cidadão que lutou com vigor pela volta dos valores democráticos".

A ex-prefeita de São Paulo e hoje deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou que Frias foi "um grande profissional de imprensa e uma pessoa bastante afetuosa". O ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf, agora deputado federal pelo PP paulista, disse que, para ele, "Frias não era apenas um jornalista mas um grande amigo".

Almino Affonso, ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social no governo Jango, disse: "Frias deu contribuição extraordinária por ter sido a Folha o primeiro local no qual pessoas como eu pudemos escrever no final dos anos 70, quando voltei do exílio".

Entre outros políticos, também compareceram à missa os deputados federais do PSDB paulista Edson Aparecido, José Aníbal e Paulo Renato Souza, o presidente da Assembléia Legislativa de SP, o tucano Vaz de Lima, os secretários estaduais paulistas Aloysio Nunes Ferreira (Governo) e José Aristodemo Pinotti (Ensino Superior), o ex-prefeito Miguel Colassuono, os ex-governadores Luiz Antônio Fleury Filho e José Maria Marin, e o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo, Walter Feldman.





Fonte: Folha de S.Paulo

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