Vídeo de linchamento de adolescente iraquiana é divulgado na Internet
Doaa Khalil Assuad, 17 anos foi assassinada no dia 7 de abril por uma multidão em cólera da qual também participavam membros de sua própria família.
Na gravação, filmada com um celular, a menina aparece caída numa estrada, em meio a homens que chutam seu corpo e atiram um bloco de cimento em seu rosto.
Policiais iraquianos uniformizados assistem de longe a cena, sem intervir. Muitas pessoas tiram fotos.
O governo regional do Curdistão condenou com firmeza esta morte, qualificando-a de "crime religiosa, social e ideologicamente inaceitável", pedindo em comunicado às autoridades uma investigação maior.
O Conselho religioso Yazidi também denunciou, em nota, "o crime brutal cometido em nome de tradições tribais ultrapassadas".
A minoria Yazidi, estimada em 500.000 pessoas, vive no norte do Iraque e fala um dialeto curdo, mas possui uma cultura própria e uma religião específica.
Seus integrantes crêem num Deus criador do mundo e respeitam os profetas da Bíblia e do Alcorão, em particular Abraão, mas veneram principalmente Malak Taus, que dirige os arcanjos e é com freqüência representado por um pavão Cristãos e muçulmanos identificam Malak Taus a Lucifer ou Satã, o que fez nascer uma crença popular segundo a qual os Yazidis são adoradores do diabo.
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