Irmão de ministro do STJ nega acusações da Furacão
Virgílio caiu em contradição com o que falou na véspera o advogado Sérgio Luzio. Ele disse que foi Luzio quem primeiro o procurou, em nome dos bingos, pedindo que atuasse na junto ao STJ para liberar os caça-níqueis. Luzio havia alegado que os R$ 600 mil sobre os quais os dois conversaram em telefonemas grampeados pela Polícia Federal, referiam-se aos honorários que Virgílio cobraria para atuar no caso. Só depois é que eles teriam "descoberto" que Virgílio estava impedido de atuar no caso, por ser irmão do relator.
Já Virgílio contou que só falou dos R$ 600 mil com o advogado Jaime Dias, lobista da Associação de Bingos, com quem passou a negociar depois de ter sido procurado por Luzio. Este dinheiro, segundo ele, seria a cifra que os bingos estariam dispostos a pagar ao escritório que ele, Virgílio, indicasse para atuar na reclamação junto ao STJ. Nenhum dos dois, porém, convenceu os procuradores da República Marcelo Freire e Orlando Monteiro da Cunha.
Luiz Paulo Dias de Matos
Outro que depôs hoje foi o delegado federal aposentado Luiz Paulo Dias de Matos, acusado de repassar à quadrilha que explora os jogos no Rio informações sobre operações policiais. Ele também negou as acusações. Ele foi gravado em diversas conversas com o delegado Carlos Pereira. Com outras pessoas, só se referia ao delegado Pereira como "Juquinha". Hoje, porém, não soube identificar a quem se referia quando falava de "Juquinha". Alegou ser mania sua chamar muita gente de "Juca".
Pela primeira vez a juíza Ana Paula usou os áudios dos grampos da Polícia Federal. Mesmo diante de sua voz, Luiz Paulo não conseguia explicar as conversas. Como a juíza insistia na estratégia, ele preferiu calar-se. Outro que ficou calado foi Nagib Teixeira Suaid, apontado como tesoureiro dos bicheiros.
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