Justiça ouve novos depoimentos sobre garoto que teria sido morto pela própria mãe
"Trabalhei oito dias [na casa de Leonan]. No dia que aconteceu, seria o nono dia. Eu pensava que era uma fatalidade. Mas como não foi uma fatalidade, queria saber quem matou essa criança", disse a babá Maria Helena da Silva Nogueira.
A avó de Leonan, Erenice de Souza, pede a guarda da irmã dele, que está no Lar da Criança. "O promotor falou para mim que a guarda seria minha", disse Erenice, que também defendeu a filha de ter cometido o crime. "Não, ela falou para mim que não fez", completou a avó sobre o possível envolvimento da filha, Miguelina Miranda Muniz Índio, no assassinato do próprio filho.
O depoimento mais esperado era o da filha mais velha de Miguelina, de sete anos. A pedido do Ministério Público, não foram permitidas imagens do depoimento. A garota ainda está muito abalada com a morte do irmão. Ela disse que estava sozinha em casa com Leonan e que chegou a ouvir os gritos de socorro dele, mas não se levantou da cama. A garota teria sido acordada um pouco mais tarde pelo filho da babá, que estava do lado de fora da casa. A irmã ainda afirmou que o balde onde Leonan foi encontrado sempre ficava no mesmo lugar, cheio de água, devido a um vazamento no chuveiro.
A princípio, a morte de Leonan Bruno foi anunciada como um afogamento. O laudo determinou que a causa da morte foi asfixia mecânica e não afogamento. "Serão ouvidas as testemunhas de acusação, depois de defesa. Ela [Miguelina] estando presa, creio que em 81 dias já encerra a instrução processual", disse o promotor de Justiça João Gadelha.
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