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Educação/Vestibular
Sexta - 04 de Maio de 2007 às 20:25

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Escolas estaduais de Mato Grosso estão com o estoque de merenda quase no fim. Algumas delas precisam adaptar o cardápio à reserva das despensas. A Secretaria de Estado de Educação não repassou o dinheiro da alimentação dos alunos, que deveria ter entrado na conta das escolas, no máximo, duas semana atrás.

Na cozinha da maior escola pública de Mato Grosso, Presidente Médici, o estoque de merenda é o menor dos últimos meses. "Logo no começo do ano a gente não tem opção para nada. Tem que fazer o que tem", reclama Eliete Lúcia Guimarães, coordenadora de Alimentação da escola. Ela mostra o freezer quase vazio e o estoque de macarrão e arroz que dá para menos de uma semana. A escola está sem receber o repasse do governo para compra da merenda. Enquanto o dinheiro não chega à escola, Eliete improvisa. "Em vez de fazer salada de fruta, deixei para trás para poder comprar carne", afirmou a coordenadora.

Em Várzea Grande, uma escola estadual considerada modelo está em situação melhor. Pelo número de alunos que consomem as refeições, o estoque na escola está em ordem e as merendeiras garantem que não vai faltar comida. A certeza se apoia em uma estratégia de comprar agora para pagar depois. "Nós pedimos a merenda semanalmente e assim que cai a verba, repassamos para o fornecedor. Estamos por pagar, ainda", revela Dorli da Silva, presidente do Conselho Deliberativo.

O dinheiro que falta nas escolas, segundo o Conselho Estadual de Alimentação Escolar, já está na conta da Secretaria de Educação de Mato Grosso. É parte das 10 parcelas repassadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar aos Estados. "O que se alega é que é o implante de um novo sistema e também processo de operacionalização", explica Tércia Dianez, presidente do Conselho Estadual de Alimentação Escolar.

Em uma nota, a Seduc afirma que só recebeu o recurso no dia 23 de abril e reforça que o caixa das escolas ainda tem dinheiro de verba suplementar para esse período do ano. A Secretaria ainda acrescenta que cerca de 100 escolas não estariam em dia com a prestação de contas ao Estado. Por isso, podem ter problema para receber o dinheiro. "No momento em que o recurso está na conta, a criança está na escola, é direito dela receber a alimentação. Nós, enquanto conselheiros, achamos que é um ato de irresponsabilidade", completou Dianez.

O Conselho de Alimentação Escolar contesta a informação da Secretaria de Educação de que a maioria das escolas está com a documentação atrasada. O dinheiro da merenda deve ser liberado até o dia 10 de maio, segundo informa a nota divulgada pela Seduc.





Fonte: RMT-Online

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