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Nacional
Sexta - 04 de Maio de 2007 às 08:38
Por: Suzi Castanheira

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Estima-se que a prevalência do tabagismo entre as mulheres adultas tenha passado de 10%, em 1970, para 25%, em 2000. Estudo da Organização Panamericana de Saúde revelou que a prevalência de fumantes entre mulheres, no Brasil, subiu de 20% para 51% em apenas quinze anos, entre 1971 e 1986.

A fertilidade das mulheres fumantes pode diminuir em até 40% com relação às não fumantes. Na fumante, a atividade do ovário cessa de dois a quatro anos antes da não fumante porque há diminuição do fluxo de oxigênio, antecipando a menopausa. Quanto mais a mulher fuma, mais precocemente vem a menopausa e os problemas relacionados a este período da vida, como osteoporose.

Os efeitos da nicotina na mulher grávida acarretam prejuízos no corpo dela e no feto. A nicotina reduz o fluxo placentário, o que determina o envelhecimento e o descolamento precoce da placenta, aumentando o risco de aborto, de nascimentos prematuros, diminuindo o crescimento e o peso do bebê.

Uma mulher fumante tem quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que uma não fumante. Fumantes que fazem uso concomitante de anticoncepcionais correm dez vezes mais risco de ter um infarto e quatro vezes mais chances de ter Acidente Vascular Cerebral, bem como outros problemas cardiovasculares.

A psicóloga Silvia Ismael destaca que o tratamento da mulher fumante, em geral, é mais complicado porque ela tem medo de engordar, depois de parar de fumar. Existem várias formas de eliminar o vício, sem substituir pelo vício de comer. O primeiro passo para o sucesso do tratamento é o profissional da saúde não criticar a fumante, nem desaprovar a atitude, mas abordar o problema com compreensão, motivação e sensibilização para os malefícios do cigarro.

O psicólogo tem papel fundamental, pois sabe se que os programas multidisciplinares são os que mais funcionam. Utiliza-se a terapia Cognitiva-comportamental, em 6 ou 8 sessões programadas, e o sucesso do tratamento, em um ano, tem sido de 60%. Este trabalho é realizado em grupos de 5 a 10 pacientes.

O tratamento associa o atendimento médico ao psicológico e inclui avaliação do perfil do fumante, detecção dos gatilhos que levam ao cigarro, medicação a base de bupropiona associada ou não ao adesivo de nicotina, acompanhamento semanal da evolução do paciente e a preparação para alta e prevenção de recaída.





Fonte: Bem Estar

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