R$ 3 bilhões de impostos foram pagos este ano pelos Mato-grossenses
Para o economista e consultor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Estado, Vivaldo Lopes, o que se paga de imposto no Brasil é muito quando se compara que a média cobrada é a mesma registrada em países desenvolvidos, enquanto que os serviços públicos oferecidos ao cidadão são de país subdesenvolvido. Segundo ele, em outros países da América do Sul, como Chile, por exemplo, a carga tributária varia entre 22% e 25% do Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, chega a 34%. O vilão dessa história seriam os gastos elevados da máquina pública, em todas as esferas, federal, estadual e municipal.
Lopes afirma não haver como reduzir a carga tributária brasileira hoje. Mas ele acredita que isso possa acontecer de forma planejada. Ele explica que o país não suportaria a redução das receita conseguida com os impostos sem antes diminuir os gastos públicos. "Falta mobilização nacional de todos os cidadãos exigindo redução de gastos e mais transparência", aponta o economista, que já foi secretário de Finanças de Cuiabá.
De acordo com Lopes é preciso trabalhar agora uma reforma tributária envolvendo todos os tributos federais, estaduais e municipais, mas que seja colocada em prática somente no governo seguinte. O governante que assumir já saberá com o que poderá contar para manter a máquina. Isso não seria possível em uma gestão em andamento. "É preciso uma fase de transição". Ele frisa, no entanto, que todo governante sempre vai achar que o que se arrecada é pouco. Por isso querem cada vez mais elevar a carga tributária imposta ao cidadão.
O Sistema Permanente de Acompanhamento das Receitas Tributárias Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.
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