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Nacional
Sexta - 04 de Maio de 2007 às 02:37

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Um dos presos pela Operação Hurricane, o procurador regional da República João Sérgio Leal fez mais de 40 ligações para acusados de integrar o esquema de venda de sentenças judiciais que beneficiaram donos de máquinas caça-níqueis. De acordo com investigações da Polícia Federal e Ministério Público, ele seria responsável por repassar informações do MP a integrantes do esquema. Em uma das conversas, ele chega a chamar o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, também acusado de ligação com irregularidades, de "primo".

Em uma das conversas, Leal fala com o advogado Alêxis Costa que, segundo a PF, é ligado a donos de bingos, sobre o recurso a uma decisão do desembargador Sérgio Feltrin, do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, mantendo a apreensão de 900 máquinas caça-níqueis. O procurador informa que o Ministério Público é contra a decisão de Feltrin, e que isso poderia ser levado ao conhecimento de Medina, relator do recurso no STJ. "É bom a gente juntar isso (a posição do MP) na reclamação para o relator, o primo Medina, tomar ciência de que o próprio MP considera a decisão do Sérgio Feltrin absurda".

Na época da conversa, o grupo de articulava para derrubar decisão de Feltrin, que havia revogado liminar concedida pelo desembargador José Eduardo Carreira Alvim liberando os caça-níqueis. Alvim também é investigado e chegou a ser preso, mas acabou libertado por decisão do Supremo Tribunal Federal.





Fonte: AE

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