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Nacional
Quinta - 03 de Maio de 2007 às 22:51

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Preso na Operação Hurricane (Furacão), o advogado Sérgio Luzio Marques de Oliveira, acusado de intermediar liminares pagas com Carreira Alvim, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e com Virgilio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina, negou as acusações em depoimento prestado hoje na 6ª Vara Federal do Rio, mas não conseguiu explicar sua participação nos diálogos telefônicos gravados pela Polícia Federal.

Segundo ele, os R$ 600 mil cobrados por Virgílio em uma das conversas não se destinavam ao pagamento de propinas. Eram os honorários para Virgílio atuar em um recurso em favor dos bingos no STJ. Só depois de discutirem o valor dos honorários é que descobriram que o caso estava como o ministro Paulo Medina, o que impedia a participação de Virgílio no caso.

A mesma explicação ele deu para os R$ 300 mil que cobrou do contraventor Marcelo Petrus Kalil, o Turcão, por uma liminar conquistada junto ao desembargador Carreira Alvim. Na investigação fica claro que esta quantia seria dividida entre ele e o desembargador. Hoje, ele tentou convencer a juíza de que eram os seus honorários.

Dos três presos da operação interrogados hoje pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, Sérgio Luzio foi o único a prestar depoimento. Os outros dois advogados, Evandro da Fonseca e Silvério Nery Cabral Jr - genro do desembargador Carreira Alvim, também envolvido no esquema na máfia dos bingos - invocaram o direito de permanecerem calados.

Habeas

O desembargador federal Abel Gomes voltou a negar os pedidos de habeas-corpus beneficiando oito presos da Operação Furacão. Os advogados de 19 réus que estão no Rio e que na semana que vem deverão ser encaminhados para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, tentam barrar a transferência.





Fonte: AE

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