EUA poupam pilotos americanos e culpam avião brasileiro
Segundo reportagem publicada no jornal "The New York Times" nesta quinta-feira (3), especialistas americanos concluíram que o sistema da cabine falhou ao não alertar os pilotos do jato que o equipamento anticolisão não estava funcionando.
O jato e o Boeing bateram em setembro do ano passado. O avião da companhia aérea brasileira caiu em Peixoto de Azevedo, interior de Mato Grosso e as 154 pessoas que estavam a bordo morreram. O Legacy fez um pouso de emergência e as sete pessoas que estavam na aeronave sobreviveram.
Segundo o Comitê Nacional de Segurança de Transportes (NTSB, em inglês), o sistema anticolisões do Legacy não estava funcionando corretamente e os computadores de bordo não notificaram os pilotos desta falha.
O órgão americano recomenda que os pilotos de jatos civis do país sejam avisados sobre as circunstâncias do acidente e a falta de aviso da falha nos equipamentos. O comitê diz, ainda, que as suas conclusões foram divulgadas como sugestões e recomendações. No Brasil, estão em andamento investigações militares, judiciais e policiais.
O jornal lembra que os pilotos do Legacy, os americanos Joe Lepore e Jan Paladino, ficaram retidos no Brasil depois do acidente. Eles prestaram depoimento à PF e foram indiciados por expor perigo à segurança aérea.
Embraer
O jato Legacy, pilotado por Lepore e Paladino, pertencia à empresa de táxi aéreo americano ExcelAire e foi fabricado pela empresa brasileira Embraer. Em abril, o então presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que "o transponder (aparelho que aponta a posição da aeronave no radar) estava funcionando normalmente, antes e depois (do acidente)". "Agora, o que aconteceu lá em cima, eu não sei", afirmou, durante almoço com jornalistas que marcou sua despedida do cargo.
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