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Nacional
Quarta - 02 de Maio de 2007 às 18:45

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O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que pretende criar metas para os prazos de tramitação de processos no BNDES, mas pediu paciência por ainda não estar em condições de defini-los, o que fará a partir da interlocução com o pessoal que já trabalha no banco. Disse ter conhecimento de que o banco já vinha fazendo esforço para redução de prazos. "Queremos acelerar, aperfeiçoar o que está em curso", disse.

Coutinho não anunciou ainda mudanças na diretoria do banco, mas deve fazê-lo no futuro. "Vamos no momento certo fazer alguns ajustes. Não vamos mexer em nada que está funcionando bem, mas é natural que o presidente tenha alguma margem de planejamento", afirmou.

"Ainda nem pude conversar com eles", disse Coutinho sobre os diretores. Coutinho tomou posse na sexta-feira em Brasília e recebeu o cargo hoje de manhã do ex-presidente do BNDES, Demian Fiocca. Após o almoço, Coutinho recebeu a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), e a equipe dela, concedendo a entrevista coletiva à imprensa em seguida. Na ocasião, Coutinho contou também que vendeu sua participação na consultoria LCA para os sócios da empresa.

Ele comentou considerar "uma sorte" que o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, tenha passado pela presidência do BNDES antes dele "e tenha lutado tanto para baixar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo)" porque agora, como ministro, Mantega é uma das três pessoas que decidem a TJLP junto com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Coutinho lembrou que "a TJLP caiu bastante e deu uma certa pausa". De acordo com ele, agora, à medida que a Selic (taxa básica de juros) cair, pode ser conveniente baixar mais, mas com a TJLP em 6,5% ao ano e a inflação em 4%, a taxa de juros real para quem pega financiamento com base nela está perto da de outros países. A TJLP é a taxa usada pelo BNDES para os financiamentos que concede.

O novo presidente do banco não quis fazer comentários sobre a Selic. "Isso é matéria do Banco Central, não do BNDES", disse. A Selic está atualmente em 12,50% ao ano.





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