Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 01 de Maio de 2007 às 14:22

    Imprimir


Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontam que o ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina --investigado como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais -- teria antecipado o voto em um julgamento de uma ação e orientado os advogados do réu. As informações foram antecipadas nesta terça pelo "Hoje", da TV Globo.

A reportagem informa que, em dezembro do ano passado, o ministro teria conversado com o advogado Paulo Mello sobre um pedido de habeas corpus para o diretor do Minas Tênis Clube, Fernando Furtado Ferreira, acusado de usar uma carteira de policial falsa em Minas Gerais.

Ainda de acordo com a emissora, na conversa, Medina teria pedido mais detalhes sobre o caso e informado que usaria, no julgamento do pedido de habeas corpus, a tese de que Fernando Furtado Ferreira portava o documento, mas não se apresentou como policial.

O ministro também teria alertado Paulo Mello para a importância de o advogado de Fernando Ferreira fazer a sustentação oral durante a sessão de julgamento no STJ.

Procurado pela TV Globo, o advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que precisava ouvir as gravações telefônicas para fazer a defesa técnica. Afirmou ainda que isso não faria parte do processo da Operação Furacão.

Para Castro, não há nenhuma ilegalidade e não houve tráfico de influência. Ele diz que se tratou apenas uma conversa com um advogado amigo, que não teria nenhum peso não fosse a Operação Furacão.

Paulo Medina foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Seu irmão, o advogado Virgílio Medina, teria negociado a venda de sentenças judiciais favoráveis a empresários do jogo. Um delas teria sido concedida por Paulo Medina em troca de R$ 1 milhão.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/229712/visualizar/