PF revela que ministro do STJ antecipava voto e orientava advogados
A reportagem informa que, em dezembro do ano passado, o ministro teria conversado com o advogado Paulo Mello sobre um pedido de habeas corpus para o diretor do Minas Tênis Clube, Fernando Furtado Ferreira, acusado de usar uma carteira de policial falsa em Minas Gerais.
Ainda de acordo com a emissora, na conversa, Medina teria pedido mais detalhes sobre o caso e informado que usaria, no julgamento do pedido de habeas corpus, a tese de que Fernando Furtado Ferreira portava o documento, mas não se apresentou como policial.
O ministro também teria alertado Paulo Mello para a importância de o advogado de Fernando Ferreira fazer a sustentação oral durante a sessão de julgamento no STJ.
Procurado pela TV Globo, o advogado do ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que precisava ouvir as gravações telefônicas para fazer a defesa técnica. Afirmou ainda que isso não faria parte do processo da Operação Furacão.
Para Castro, não há nenhuma ilegalidade e não houve tráfico de influência. Ele diz que se tratou apenas uma conversa com um advogado amigo, que não teria nenhum peso não fosse a Operação Furacão.
Paulo Medina foi denunciado pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Seu irmão, o advogado Virgílio Medina, teria negociado a venda de sentenças judiciais favoráveis a empresários do jogo. Um delas teria sido concedida por Paulo Medina em troca de R$ 1 milhão.
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