Ministros do TST defendem afastamento de magistrados suspeitos
"Eu acho que uma pessoa com uma acusação dessas não vai ter liberdade suficiente, isenção de ânimo e nem mesmo a capacidade de concentração de fazer aquilo que deve ser feito, que é uma justiça de bom nível", afirmou nesta segunda-feira o vice-presidente do TST, Milton de Moura França.
Já para o ministro Carlos Alberto Reis de Paula, a decisão é pessoal. "Mas se eu estivesse na condição das pessoas envolvidas, provavelmente, até para preservar o meu nome, optaria por me afastar", afirmou.
A acusação contra os juízes foi lembrada sábado, no discurso de abertura do congresso, cujo tema foi a ética e a moral.
Na platéia estavam 44 juízes do Trabalho e ministros do tribunal, parte deles acompanhada de familiares. Todos tiveram passagens aéreas, refeições e hospedagem em hotel de luxo custeados pela Febraban.
A agenda de trabalho de ontem foi a mais movimentada dos quatro dias do evento. Os magistrados apresentaram painéis e debateram temas técnicos por quatro horas e 15 minutos, no período da manhã. O restante do dia foi livre.
Em Natal, os congressistas já assistiram a uma palestra-espetáculo, com ilusionismo, música e poesia. Também puderam jogar tênis em uma quadra disponibilizada pela organização em um hotel vizinho.
Ontem, no encerramento do terceiro dia de discussões, os patrocinadores anunciaram ao microfone uma "boa notícia": o sol brilhava forte. Mas não durou muito. Uma chuva fina predominou durante toda a tarde.
O "14º Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho", como foi batizado o evento, termina nesta terça-feira, às 10h30. As passagens aéreas de retorno para os convidados começaram a ser distribuídas ontem pela Febraban.
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