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Economia
Terça - 01 de Maio de 2007 às 10:18
Por: Valéria Cristina

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O gás de cozinha ficará 3% mais caro a partir de hoje em Mato Grosso. De R$ 42, o produto passará a ser vendido por R$ 43,26. Este é o valor máximo previsto para o botijão de 13 quilos. Como não há determinação sobre o preço mínimo, quem vai ditar a regra é a concorrência. Mato Grosso continua tendo o gás de cozinha mais caro do país. O Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro Oeste (Sinergás) atribui a culpa à alíquota elevada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o produto vai passar de R$ 37,90 para R$ 39,30. Em Goiás sairá de R$ 34,90 para R$ 35,90.

Mato Grosso tem atualmente 600 revendedores de gás. O consumo chega a 400 mil botijões por mês (incluindo as classes residencial e industrial), conforme o presidente do Sinergás, Zenildo Dias do Vale. Além de ter o gás mais caro do país, Mato Grosso registra outro recorde negativo. De acordo com Vale, Cuiabá é a cidade do Centro-Oeste com maior número de revendas clandestinas. Vale estima que existem outros 240 estabelecimentos, ou 40% a mais, clandestinos. Em Campo Grande (MS) e Goiânia (GO) esse índice não passa de 10%.

A clandestinidade traz prejuízos e risco ao consumidor. O presidente do Sinergás alerta que nesses casos o produto não tem o peso determinado por lei e ainda pode causar acidentes. Por conta disso, o Sinergás está fechando um convênio com a ANP para que os bombeiros possam representar a agência no Estado fazendo a fiscalização no setor, como já funciona em Goiânia e Campo Grande.

No mês de julho o Sinergás vai abrir escritório em Cuiabá e começará um trabalho de "ataque" à clandestinidade. Tudo será feito em conjunto com vários órgãos, incluindo o Ministério Público.

Sobre o aumento no preço, Vale informa que foi baseado no preço divulgado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ele alega que o segmento não teve outra alternativa a não ser repassar a alta porque vinha sofrendo defasagem desde agosto de 2005, quando ocorreu o último reajuste. Esta defasagem foi ampliada com o aumento do salário mínimo, que passou de R$ 350 para R$ 380 em 1º de abril. Até ontem, por exemplo, o gás de cozinha podia ser encontrado no Estado entre R$ 37 e R$ 42, segundo o levantamento da ANP.





Fonte: Gazeta Digital

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