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Nacional
Segunda - 30 de Abril de 2007 às 17:52

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O pedido de liminar da Associação Brasileira de Exportadores de Cítricos (Abecitrus), que solicitava a suspensão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) das investigações de cartel, foi rejeitado pela juíza substituta Cristiane Pederzolli Rentzsch, da 17ª Vara do Distrito Federal. O pedido havia sido feito após firmar acordo com os produtores representados pela Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp).

O presidente da Abecitrus, Ademerval Garcia, minimizou a recusa judicial, dizendo que esse é um procedimento normal do processo.

Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, a decisão da juíza foi mais uma vitória do setor no sentido de moralizar todo o sistema. Segundo Viegas, a Abecitrus havia feito um acordo com a Faesp no qual as indústrias pagariam uma multa de R$ 100 milhões com objetivo de indenizar os produtores prejudicados pela eventual prática de cartel. A entidade representante das indústrias queria, no entanto, que após o acordo as investigações fossem suspensas, o que foi negado pela juíza do Distrito Federal.

"As indústrias queriam que as investigações fossem suspensas porque no próximo dia 2 de maio a Secretaria de Direito Econômico terá uma reunião para analisar todos os processos que impedem a abertura dos documentos apreendidos na operação Fanta", disse Viegas. Para ele, as indústrias sabem que os documentos serão abertos, investigados, e será comprovada a formação de cartel.

No próximo dia 8 de maio, a Associtrus terá uma audiência no Ministério da Justiça para pedir uma atenção maior para o processo. "Queremos que esse caso seja analisado com mais rapidez, pois está em andamento desde 1999 e já existem documentos suficientes que comprovam a formação de cartel", disse Viegas.





Fonte: AE

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