Juíza nega pedido da Abecitrus para fim de investigação
O presidente da Abecitrus, Ademerval Garcia, minimizou a recusa judicial, dizendo que esse é um procedimento normal do processo.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, a decisão da juíza foi mais uma vitória do setor no sentido de moralizar todo o sistema. Segundo Viegas, a Abecitrus havia feito um acordo com a Faesp no qual as indústrias pagariam uma multa de R$ 100 milhões com objetivo de indenizar os produtores prejudicados pela eventual prática de cartel. A entidade representante das indústrias queria, no entanto, que após o acordo as investigações fossem suspensas, o que foi negado pela juíza do Distrito Federal.
"As indústrias queriam que as investigações fossem suspensas porque no próximo dia 2 de maio a Secretaria de Direito Econômico terá uma reunião para analisar todos os processos que impedem a abertura dos documentos apreendidos na operação Fanta", disse Viegas. Para ele, as indústrias sabem que os documentos serão abertos, investigados, e será comprovada a formação de cartel.
No próximo dia 8 de maio, a Associtrus terá uma audiência no Ministério da Justiça para pedir uma atenção maior para o processo. "Queremos que esse caso seja analisado com mais rapidez, pois está em andamento desde 1999 e já existem documentos suficientes que comprovam a formação de cartel", disse Viegas.
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