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Polícia Brasil
Segunda - 30 de Abril de 2007 às 14:43

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Sobe para sete o número de pessoas presas pela Polícia Federal na Operação Vaga Certa, que tem como objetivo combater um esquema de venda de vagas em universidades públicas e privadas do país. A estudante de medicina M.B.A., do Ceará, foi presa há pouco, em casa, pela Polícia Federal do estado - que já prendeu outras quatro pessoas suspeitas de integrar o grupo nesta segunda-feira. As outras duas pessoas foram presas no Rio de Janeiro.

Segundo informações da PF do Ceará, a base da quadrilha estava no Rio de Janeiro e no Ceará. O suposto líder do grupo, identificado como O.V., seria o responsável por identificar e recrutar os melhores alunos de cursinhos ou calouros de boas universidades públicas para fazer as provas dos vestibulares no lugar dos candidatos inscritos. Para isso, eles falsificavam documentos e fichas de inscrição.

Esses jovens recrutados, chamados de "pilotos", recebiam até R$ 6.000 por cada aprovação que conseguiam. O resto do dinheiro arrecadado ficava com o líder da quadrilha. O.V., que é aluno de um curso de medicina no Ceará, também atuava como estudante piloto e fazia prova para os vestibulandos "clientes". Segundo informações da polícia, O.V. está com a prisão decretada e deve se apresentar ainda hoje.

A mãe de O.V., M.F.V.M., foi presa hoje, em casa. Ela é suspeita de cuidar da contabilidade do grupo. Quatro alunos pilotos também estão detidos. Um deles é a universitária A.S.M. que, segundo a PF, é aluna do curso de medicina de uma universidade federal e participava do esquema fazendo as provas para os candidatos inscritos. Outro estudante preso é P.H.B.M.F., o terceiro é F.N.M.N e a última presa é M.B.A. Todos estão presos na sede da Polícia Federal do Ceará prestando depoimento.

O grupo também comercializava a transferência de universitários aprovados em universidades particulares para universidades federais e estaduais. Por cada uma dessas vagas a quadrilha recebia entre R$ 25 mil e R$ 70 mil.

Os alunos "clientes" da quadrilha também estão sendo investigados por crime de fraude no vestibular. Ainda não há prisão decretada contra eles. Segundo a PF do Rio de Janeiro, foram identificados pelo menos 30 alunos clientes.

De acordo com a PF do Ceará, o esquema de compra de vagas nas universidades funcionava desde 2002 e estava sendo investigado há oito meses. Segundo a polícia, vagas teriam sido comercializadas também em São Paulo, em Minas Gerais e no Paraná. A Polícia Federal de São Paulo informou que não há nenhuma operação acontecendo na cidade nesta segunda-feira.

A operação começou no Rio de Janeiro e se estendeu para o Ceará porque era de lá que saíam os estudantes pilotos. Ainda não é possível saber quantas vagas foram "compradas" por meio do esquema.





Fonte: G1

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