China deve tornar-se a maior potência comercial até 2010
"A China manteve um índice de crescimento de mais de 20% em comércio exterior no primeiro trimestre do ano e manterá este ritmo ao longo de 2007", assinalou Li Yushi, vice-presidente do Instituto de Pesquisa de Comércio Internacional e de Cooperação Econômica do Ministério de Comércio.
Apesar de a taxa de crescimento ter caído 6,9% em março, o comércio exterior teve um volume de US$ 457,7 bilhões no primeiro trimestre do ano, 23,3% a mais que no mesmo período de 2006.
As exportações alcançaram os US$ 252,1 bilhões, com um aumento de 27,8%, enquanto as importações cresceram 18,2%, para US$ 205,7 bilhões, segundo dados das alfândegas chinesas.
As previsões do Ministério de Comércio indicam que o comércio exterior chinês crescerá cerca de 10% ao ano entre 2006 e 2010, enquanto o Instituto prevê um índice superior, entre 12% e 15%.
"Segundo estes prognósticos, podemos dizer que a China superará os Estados Unidos como maior potência comercial em 2010", afirmou Li em um seminário sobre perspectivas do comércio exterior chinês realizado em Cantão.
Em setembro do ano passado, as autoridades chinesas começaram a diminuir as devoluções fiscais do IVA de exportação em diversos produtos com o objetivo de reduzir seu gigantesco superávit comercial, e o Governo prepara políticas destinadas a aumentar as importações de equipamentos e tecnologia de vanguarda.
As crescentes exportações da China fizeram com que em 2006 seu superávit comercial alcançasse os US$ 178 bilhões, após crescer 74% em comparação com 2005, quando já bateu um recorde de US$ 102 bilhões.
Nos dois primeiros meses de 2007 este superávit se situou em US$ 39,6 bilhões, um número superior ao primeiro trimestre completo de 2006. No entanto, em março o superávit caiu US$ 6,87 bilhões, abaixo dos US$ 10 bilhões pela primeira vez desde março de 2006.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) informou na semana passada que as exportações chinesas começaram a exceder às americanas no segundo semestre de 2006, mas os números de todo o ano passado colocaram a China como terceiro país exportador, atrás dos EUA e da Alemanha.
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