Telefónica fica com 54% do mercado de celular do Brasil
A concentração de mercado pode levar o governo brasileiro a obrigar o grupo a se desfazer de alguma companhia no País. Para se precaver, a Telefónica montou uma estratégia para convencer as autoridades de que as companhias não terão gestão conjunta. No comunicado divulgado em Madri há um trecho direcionado ao mercado brasileiro, frisando que Telefónica e Telecom Itália “serão geridas autônoma e independentemente”. A Pirelli, acionista majoritária da Telecom Italia, aceitou a proposta da Telefónica de compra, por US$ 5,6 bilhões. A Telefónica passa a liderar, com 42,3%, um consórcio chamado Grupo Telco que reúne Generali (28,1%), Mediobanca (10,7%), Intesa (10,7%) e Benetton (8,2%). As cinco detém 18% da Olimpia, controladora da Telecom Italia. A Telefónica detém 5,6% na TI. Com isso, sua participação na holding fica em 23,6%.
O negócio deve tumultuar o quadro de telecomunicações nacional. “A regulação do setor se sobrepõe a qualquer avaliação. Se não é permitido pelo órgão regulador, acho muito difícil que as empresas consigam se manter nos mesmos negócios no Brasil”, diz o professor de economia Cláudio Considera, ex-titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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